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Aneel altera bandeira tarifária após chuvas aliviarem custos da geração

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Aneel altera bandeira tarifária após chuvas aliviarem custos da geração

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a bandeira tarifária amarela para o mês de novembro em função da melhora das condições de geração de energia no país.

Dois especialistas locais disseram à BNamericas que concordavam com a decisão do regulador, enquanto outro demonstrou preocupação.

Em outubro, foi adotada a bandeira vermelha patamar 2, mas o aumento do volume de chuvas e a consequente redução nos custos de geração de energia possibilitaram a ativação da bandeira amarela para novembro.

Com isso, a cobrança cairá de R$ 7,88 (US$ 1,38) para R$ 1,89 a cada 100 kWh consumidos.

Apesar da melhora nas condições de geração de energia, as previsões de chuva e vazão de água nas regiões dos reservatórios para os próximos meses ainda estão abaixo da média, indicando a necessidade de geração termelétrica complementar para abastecer os consumidores.

O sistema de bandeiras indica as condições de geração e os custos para os consumidores de energia. Quando a produção nas hidrelétricas – que geram energia mais barata que as termelétricas – é favorável, a agência aciona a bandeira verde; quando há menos água disponível, as bandeiras amarela ou vermelha (patamar 1 ou 2) podem ser acionadas, resultando em tarifas mais altas para os consumidores.

Para Fred Menezes, diretor executivo da comercializadora de energia Armor Energia, a bandeira amarela está em linha com as atuais mudanças meteorológicas, que indicam chuvas favoráveis no final de outubro e início de novembro.

“O cenário é bem diferente do começo do mês de outubro, quando havia preocupação com o rápido decaimento dos reservatórios”, disse ele à BNamericas.

“Apesar de ainda ser necessário ter cautela, estamos em uma posição muito mais confortável”, completou.

Alan Henn, CEO da comercializadora de energia Voltera, também concorda com a decisão da Aneel.

Ele ressaltou que o preço da energia negociada no mercado livre para novembro é de R$ 160/MWh, em comparação com R$ 375/MWh há duas semanas.

“Esse nível de preços também indica maior otimismo do mercado sobre as condições da geração hidrelétrica e uma redução no PLD [Preço de Liquidação de Diferenças, a referência de preços do mercado livre]”, disse Henn à BNamericas.

Walter Fróes, presidente da comercializadora de energia CMU, afirmou à BNamericas que ficou surpreso com a mudança de bandeira, apesar das chuvas observadas nos últimos quinze dias.

“Qualquer redução no preço da energia é um estímulo ao consumo, mas eu penso que não é hora de estimular o consumidor a gastar mais energia”, avaliou o executivo.

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