Autoridades brasileiras apresentam pipeline de concessões rodoviárias para investidores na Europa

Autoridades do Ministério dos Transportes estão na Europa esta semana para apresentar a carteira de projetos de concessões rodoviárias e atrair o interesse de investidores.

Estão marcadas reuniões com representantes de empresas privadas, fundos de investimento e operadores de infraestrutura. A comitiva também participará do evento Ibero-América GRI Infra & Energy em 22 de outubro em Madri.

“O evento reunirá os maiores líderes do segmento de transporte e energia, com o objetivo de discutir os desafios comuns em estruturação, desenvolvimento e financiamento de projetos que podem catalisar o desenvolvimento e impulsionar a economia brasileira”, afirmou o Ministério dos Transportes em nota.

As autoridades também devem se reunir com executivos da Acciona e do Banco Santander na capital espanhola.

A delegação seguirá para Londres, onde se encontrará com administradores de fundos internacionais e representantes de empresas interessadas em saber mais sobre as concessões rodoviárias brasileiras.

Também estão previstas reuniões com representantes de empresas como o grupo britânico John Laing, importante operador de infraestrutura do setor público.

O governo Luiz Inácio Lula da Silva leiloou 11 concessões rodoviárias desde que assumiu o cargo, em janeiro de 2023, gerando investimentos de R$ 74,2 bilhões (US$ 13 bilhões).

“O Brasil ainda tem um portfólio muito grande de novos contratos de concessão rodoviária a serem oferecidos nos próximos meses, e vejo uma participação crescente de novos investidores nesses contratos, incluindo participantes internacionais”, disse à BNamericas Alberto Sogayar, advogado especializado em infraestrutura do escritório Sogayar e Alcântara Advogados.

Até agora este ano, o Brasil ofereceu quatro contratos de rodovias e planeja o leilão de mais três.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, disse recentemente à BNamericas que o governo realizará pelo menos 10 leilões de concessão de rodovias no ano que vem.

“A expectativa é que esses próximos leilões gerem forte concorrência, pois os contratos do setor rodoviário no Brasil estão muito bem preparados, do ponto de vista jurídico. O desafio é que o governo fortaleça a estrutura da ANTT, porque, com tantos novos contratos sendo absorvidos, o regulador terá mais trabalho no futuro”, destacou Sogayar.