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Análise

Chile busca diversificação, com tarifas de Trump afetando o comércio de cobre

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Chile busca diversificação, com tarifas de Trump afetando o comércio de cobre

Apesar da atual turbulência macroeconômica, da incerteza no cenário geopolítico e das mudanças nas cadeias globais de fornecimento de minerais, executivos da Anglo American, da estatal chilena Codelco e da Antofagasta Minerals continuam otimistas sobre o futuro do cobre e o papel do Chile como fornecedor estratégico para os EUA.

Por ora, a pausa tarifária de 90 dias anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump como parte de sua suposta estratégia para impulsionar a produção nacional mantém a incerteza.

A ordem levantou preocupações até mesmo para o ministro das Finanças do Chile, Mario Marcel, que afirmou nesta quinta-feira (10) que não estava claro sobre as implicações da medida para a tarifa de 10% previamente anunciada sobre produtos chilenos, excluindo o cobre.

Embora alguns analistas, bancos e comercializadoras prevejam que tarifas ainda possam ser aplicadas ao cobre chileno – especialmente devido à ânsia de Trump em promover a mineração nos EUA e consolidar uma agenda econômica protecionista, independentemente do resultado final –, o ambiente atual já causou danos significativos ao mercado de mineração.

IMPACTOS

“Isto prejudica a confiança do consumidor e do investidor, e impacta o consumo bruto, o que abre caminho para a queda dos preços. Hoje, não parece tão surpreendente que o preço do cobre tenha caído abaixo de US$ 8.000 por tonelada”, afirmou à BNamericas uma fonte familiarizada com o assunto.

A mesma fonte projetou que os preços da tonelada do cobre permanecerão na faixa de 8.000 a 8.500 dólares este ano. Isso proporcionará algum alívio à China, que se mostrará resiliente, mas ainda frágil diante da tarifa de 125% imposta por Trump.

Segundo relatos da mídia, o Goldman Sachs observou que, mesmo que Pequim intensifique seus esforços para mitigar as interrupções comerciais, é improvável que estas políticas compensem totalmente o impacto negativo das tarifas. A empresa rebaixou esta semana sua previsão de crescimento para a segunda maior economia do mundo de 4,5% para 4,0% em 2025.

No entanto, o longo histórico do Chile como o maior produtor mundial de cobre, seu relacionamento bilateral de longa data com os EUA, a crescente demanda e a escassez de cobre continuam a demonstrar que há oportunidades.

COBRE CHILENO

O CEO da Anglo American, Patricio Hidalgo, afirmou durante a Cesco Week, realizada em Santiago, que a demanda projetada por cobre até 2040 é equivalente à produção de cerca de 80 minas como Los Bronces. A operação produziu 172.400 toneladas de cobre fino no ano passado.

Hidalgo expressou confiança na posição do Chile, que “foi e será um parceiro confiável dos EUA”, conforme afirmou no ICA Day, evento que faz parte Cesco Week e é organizado pela Associação Internacional do Cobre.

O presidente da Codelco, Máximo Pacheco, comentou no mesmo evento que a empresa vem tomando medidas para lidar com a perspectiva de risco, incluindo “fortalecer nossa diversificação, já que a Codelco já tem um portfólio de mercado muito diversificado, e criar estratégias comerciais flexíveis, especialmente porque vemos como outros mercados também estão começando a experimentar uma demanda muito mais forte”.

Enquanto Pacheco enfatizou que ser ágil e flexível permitirá que os mecanismos comerciais avancem rapidamente em momentos de ajuste como o atual, a ministra de Minas, Aurora Williams, afirmou no mesmo evento que também é importante avançar na diversificação da matriz exportadora.

“Hoje, o ministério começa a trabalhar para desenvolver uma estratégia para minerais críticos”, declarou ela sobre a próxima missão do Chile.

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