Uruguai
Análise

Coalizão de esquerda do Uruguai quer voltar ao poder em outubro

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Coalizão de esquerda do Uruguai quer voltar ao poder em outubro

A coalizão de esquerda Frente Ampla parece ser a favorita para retornar ao poder nas eleições gerais de 27 de outubro do Uruguai, após sua derrota em 2019, já que a aliança governista demonstra estar enfraquecida e dividida.

Diferentemente das últimas eleições gerais, quando a maioria dos partidos de direita e centro-direita uniram forças para apoiar o presidente Luis Lacalle Pou no segundo turno, em novembro de 2019, desta vez eles estão apresentando seus próprios candidatos.

A Frente Ampla tem grandes esperanças de ganhar a presidência e garantir o controle do Congresso, à medida que a atual administração tem enfrentado duras críticas por sua forma de lidar com questões relacionadas à segurança e à crise hídrica que afetou a capital Montevidéu no ano passado. Escândalos de corrupção também prejudicaram a credibilidade da aliança governista.

Como o presidente Lacalle Pou não pode concorrer a um mandato consecutivo, o Partido Nacional (PN) escolheu Álvaro Delgado, que atuou como secretário da presidência até dezembro.

Delgado apresentou seu programa econômico em maio. O projeto inclui acabar com o monopólio da empresa estatal Ancap no mercado de combustíveis, expandir a rede ferroviária e portuária do país, não criar novos impostos, aumentar o comércio exterior, reduzir o número de servidores públicos em 15.000, diminuir o prazo de aprovação de projetos de investimento e modernizar o código trabalhista.

O programa completo pode ser baixado aqui, em espanhol.

Enquanto isso, o candidato da Frente Ampla é o ex-governador do departamento de Canelones Yamandu Orsí, que ainda não apresentou seu programa de governo, apesar de liderar as pesquisas. No entanto, a plataforma de campanha da Frente Ampla, que provavelmente servirá como base para a agenda de Orsí, pode ser encontrada aqui, também em espanhol. Os objetivos políticos da coalizão incluem reduzir os impostos sobre o consumo e aumentar os impostos sobre aqueles com maior rendimento.

Entre os outros objetivos estão aumentar o salário mínimo, reduzir a jornada máxima de trabalho semanal, fortalecer empresas estatais, promover novas exportações, impulsionar as energias renováveis e a eletromobilidade, introduzir uma estrutura regulatória para o hidrogênio verde e promover portos, ferrovias e rodovias.

PESQUISAS

A Frente Ampla lidera as pesquisas por uma ampla margem, tanto na disputa presidencial quanto na legislativa.

Uma das pesquisas mais recentes, divulgada pela consultoria Equipos Consultores, coloca Orsí na liderança com 43%. Delgado viria na sequência, com 22%. Em terceiro lugar está Andrés Ojeda, representando o partido Colorado, outro membro da atual coalizão de centro-direita, com 11%. Todos os outros candidatos à presidência registram menos de 5% das intenções de voto.

Se nenhum dos candidatos obtiver 50% dos votos, um segundo turno será realizado em 24 de novembro. Nesse caso, uma pesquisa da Opcion também aponta vitória de Orsí.

Em relação às eleições legislativas, as pesquisas dão à Frente Ampla uma grande vantagem em termos de preferências gerais.

Diferentemente de outros países latino-americanos, o Uruguai usa um sistema de representação proporcional para as duas Casas do Congresso. O país usa o método D’Hondt para a distribuição das cadeiras. Nenhuma das pesquisas fez previsões sobre como será a divisão do Congresso.

Além das eleições gerais, os uruguaios também votarão em dois referendos. O primeiro propõe dar à polícia um maior poder para realizar operações noturnas, enquanto o segundo estabeleceria um direito constitucional à aposentadoria aos 60 anos, revertendo a reforma da previdência aprovada pelo governo de Lacalle Pou, que aumentou a idade de aposentadoria para 65.

Pesquisas indicam que as duas propostas provavelmente serão aprovadas.

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