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Comercializadora Migratio Energia espera crescer este ano

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Comercializadora Migratio Energia espera crescer este ano

A comercializadora brasileira de energia Migratio Energia espera dobrar sua base de clientes até o final de 2024, para 600 consumidores, relatou à BNamericas o sócio-diretor da companhia, Hélio Lima.

Depois de crescer quase 30% em 2023, com faturamento de R$ 239 milhões (US$ 46,9 milhões), a meta é chegar a R$ 300 milhões este ano.

Segundo Lima, a abertura do mercado para o grupo A (alta tensão) tem potencial para viabilizar a migração de 165.000 unidades consumidoras, representando 6,5 GW médios de demanda.

De acordo com dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), em março, o consumo de energia no mercado livre totalizou 26.234 MW médios, ou 36% da energia elétrica consumida no país.

Lima relatou que as empresas de menor porte, com contas de energia acima de R$ 8.000 e demanda inferior a 500 kW, principalmente nos setores industrial e comercial, devem impulsionar o crescimento.

“Estamos falando de vários tipos de perfis: de igrejas a academias, de padarias a pequenas indústrias”, citou. “Além disso, vemos oportunidades para o agronegócio, pois a regulação do mercado varejista também permite a migração de pequenos produtores rurais ‘pessoas físicas’.”

ECONOMIA

Um estudo divulgado recentemente pela Migratio mostra que os consumidores do mercado livre de Brasília pagam em média 42% menos do que os atendidos pela concessionária de distribuição Cebdis (Neoenergia).

A diferença entre os preços praticados nos mercados livre e regulado da capital do país é semelhante à dos consumidores da região da Energisa MR (Minas Gerais e Rio de Janeiro), Cosern (Rio Grande do Norte) e Energisa (Mato Grosso) que migraram para o mercado livre. Nesses casos, as economias são de 41%, 40% e 40%, respectivamente, em comparação com os clientes do mercado regulado.

A menor diferença apontada pelo ranking está em Sergipe, na região da Sulgipe.

“Mesmo assim, estamos falando de uma diferença de 13% no preço da energia”, disse Lima.

Distribuidora
Estado
Mercado regulado (R$/MWh)
Mercado livre (R$/MWh)
Economia
CEBDIS (NEOENERGIA DF) Distrito Federal 600,06 346,58 42%
ENERGISA MG
Minas Gerais 642,45 380,77 41%
COSERN
Rio Grande do Norte 567,92 342,56 40%
ENERGISA MT
Mato Grosso 606,94 366,52 40%
CELPE
Pernambuco 537,41 334,41 38%
CPFL PIRATININGA
São Paulo 493,59 309,03 37%
LIGHT
Rio de Janeiro 615,48 386,64 37%
ENERGISA MS
Mato Grosso do Sul 597,47 375,92 37%
COELBA
Bahia 592,79 380,23 36%
ENERGISA SS São Paulo 535,58 343,99 36%
CPFL PAULISTA
São Paulo 529,43 340,22 36%
EQUATORIAL PA
Pará 695,76 449,88 35%
RORAIMA ENERGIA
Roraima 514,47 335,27 35%
EFLJC
Santa Catarina 463,42 303,67 34%
ELEKTRO
São Paulo 574,92 377,54 34%
ELFSM
Espírito Santo 496,56 326,85 34%
CEMIG-D
Minas Gerais 541,06 359,76 34%
Equatorial PI
Piauí 590,44 394,86 33%
Equatorial AL Alagoas 627,4 421,2 33%
COPEL-DIS
Paraná 503,74 338,38 33%
DCELT
Santa Catarina 463,47 311,7 33%
EDP ES
Espírito Santo 556,12 374,25 33%
RGE
Rio Grande do Sul 518,02 349,05 33%
ENERGISA SE
Sergipe 467,81 315,37 33%
ENERGISA AC
Acre 543,75 368,15 32%
HIDROPAN
Rio Grande do Sul 456,77 310,56 32%
CEEE-D
Rio Grande do Sul 518,64 355,21 32%
EDP SP
São Paulo 482,83 330,77 31%
ENERGISA TO
Tocantins 517,23 354,8 31%
Equatorial GO
Goiás 510,7 351,2 31%
ENEL RJ
Rio de Janeiro 625,57 431,15 31%
UHENPAL
Rio Grande do Sul 503,81 349,05 31%
CELESC-DIS
Santa Catarina 476,73 330,53 31%
EFLUL
Santa Catarina 476,73 330,53 31%
EQUATORIAL MA
Maranhão 505,21 350,29 31%
DEMEI
Rio Grande do Sul 500,8 349,05 30%
ENEL CE
Ceará 459,8 322 30%
ENEL SP
São Paulo 446,6 315,31 29%
CPFL SANTA CRUZ
São Paulo 502,52 357,67 29%
DMED
Minas Gerais 483,58 345,44 29%
AME
Amazonas 625,42 448,01 28%
CHESP
Goiás 486,03 351,2 28%
MUXENERGIA
Rio Grande do Sul 455,02 331,69 27%
CERON (ENERGISA RO) Roraima 498,34 365,14 27%
FORCEL
Paraná 412,01 303,35 26%
ELETROCAR
Rio Grande do Sul 436,16 323,38 26%
ENERGISA PB
Paraíba 410,92 309,67 25%
COOPERALIANÇA
Santa Catarina 434,77 330,53 24%
COCEL
Paraná 400,12 309,15 23%
CEA
Amapá 521,2 425,88 18%
SULGIPE
Sergipe 371,01 321,39 13%

Fonte: Migratio Energia 

Uma das razões para as diferenças de preços é que, no ambiente de contratação livre, o preço é definido em contrato entre o consumidor e o fornecedor de energia. O preço final a pagar não inclui muitas das tarifas de electricidade comuns no mercado regulado.

Entre os exemplos estão as tarifas cobradas nos horários de pico e pelo uso dos sistemas de distribuição elétrica, que afetam as contas de quem está no mercado livre apenas parcialmente.

Lima destacou, ainda, que os contratos de energia para o mercado regulado são assinados por períodos de 20 a 30 anos, com preços indexados à inflação e muitas vezes sob influência política para escolha de determinada fonte de energia, que pode não ser a mais vantajosa para o consumidor.

“Assim, acreditamos que o mercado livre tende a manter o mesmo nível de competitividade para os próximos anos”, afirmou o executivo.

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