Data Insights: pipeline de projetos de energia de US$ 1 tri da América Latina

As empresas dos setores público e privado reservaram mais de US$ 1 trilhão para investimentos em energia na América Latina e no Caribe, segundo dados da BNamericas.

O valor inclui US$ 586 bilhões para iniciativas em fase inicial, distribuídos entre 11.705 projetos, US$ 183 bilhões para iniciativas em construção (1.244 projetos) e US$ 416 bilhões (3.389 projetos) para empreendimentos já em operação.

Ao todo, existem 16.388 projetos de energia na base de dados da BNamericas – incluindo os setores de energia elétrica e de óleo e gás –, com despesas de capital combinadas estimadas em US$ 1,19 trilhão.

O setor de energia elétrica representa cerca de dois terços do capex total previsto, com US$ 790 bilhões em investimentos previstos, divididos entre 13.439 iniciativas. Enquanto isso, os projetos do setor de óleo e gás devem receber US$ 472 bilhões em 2.978 projetos.

Cerca de US$ 72 bilhões em capex correspondem a projetos que se enquadram em ambos os setores.

A concessionária estatal de energia elétrica do México CFE é a desenvolvedora mais prolífica, com 518 projetos, seguida por um trio de empresas brasileiras: Pacto Energía (177), Omega Desenvolvimento de Energia (139) e Voltalia Energía do Brasil (89).

O Brasil concentra o maior número de empreendimentos (10.579), seguido por Chile (1.891), México (1.280), Colômbia (875) e Argentina (537).

De acordo com a ferramenta Forecast, da BNamericas, 294 projetos devem avançar para uma nova etapa no segundo trimestre deste ano e 179 avançariam no terceiro trimestre. Outras mudanças de estágio estão previstas para 496 projetos no quarto trimestre e 221 no primeiro trimestre do ano que vem.

O maior projeto em termos de investimentos é o Polo GasLub (antigo Comperj), no estado do Rio de Janeiro, que está sendo construído por US$ 48 bilhões. Em desenvolvimento pela Petrobras, a iniciativa compreende seis unidades de produção de segunda geração para produtos petroquímicos, combustíveis e resinas termoplásticas.

Em segundo lugar vem a refinaria mexicana de Olmeca (antiga Dos Bocas), que pertence à petrolífera nacional Pemex. O complexo de US$ 18,9 bilhões terá capacidade de refino de 340.000 b/d e inclui 28 km de tubulações de água e 65 km de tubulações de gás.

A lista segue com outra refinaria: o complexo brasileiro Abreu e Lima, no estado de Pernambuco. Com investimento previsto de US$ 18,3 bilhões, a instalação deverá produzir 230.000 b/d quando entrar em operação, em 2028.

Em seguida vêm o complexo eólico, de hidrogênio e dessalinização H2 Magallanes, de US$ 15 bilhões, no Chile, o terminal Saguaro Energía LNG, de US$ 14 bilhões, no México, e o projeto FPSO Uaru, de US$ 12,7 bilhões, na Guiana.