Destaque: Chile planeja US$ 11 bilhões em concessões para 2025

O sistema de concessões do Chile busca em 2025 impulsionar o momentum conquistado nos últimos dois anos, quando o objetivo é leiloar 17 contratos no valor de US$ 10,7 bilhões.

O ano passado terminou com duas novas licitações, uma usina de dessalinização para a região de Coquimbo, (US$ 350 milhões) e um sistema nacional de alerta de tsunami (US$ 131 milhões), elevando o total de concessões leiloadas durante o atual governo para 13.

O maior projeto no cronograma de 2025 é a tão esperada ligação ferroviária entre Santiago e Valparaíso (US$ 3,82 bilhões), embora a iniciativa tenha sofrido um revés no ano passado, pois a licitação para seus estudos integrais, essenciais para a elaboração dos documentos de licitação para a concessão, teve que ser relançada após uma tentativa inicial ter sido declarada nula.

As propostas técnicas para o contrato de estudos estão programadas para serem abertas em 29 de janeiro, enquanto as ofertas econômicas ocorreriam em 20 de fevereiro, de acordo com o site de compras Mercado Público.

O vencedor da licitação terá até 455 dias para finalizar os estudos, o que coloca em dúvida se a licitação para a concessão será lançada neste ano.

Outro projeto programado para 2025 que já sofreu atrasos é uma ligação ferroviária leve de US$ 313 milhões entre as cidades de Coquimbo e La Serena .

A ligação, que marcaria a primeira vez que o sistema de concessões do Chile seria usado para um projeto desse tipo, estava originalmente programada para ser leiloada em 2023, mas acabou sendo adiada para 2024 e depois para 2025.

O chefe do escritório de concessões DGC , Juan Manuel Sánchez, disse à BNamericas em dezembro que o governo quer evitar uma situação de “elefante branco” construindo uma ligação ferroviária leve em uma área sem desenvolvimento urbano suficiente, o que reduziria a demanda.

As outras concessões definidas para licitações em 2025 são:

Teleférico Iquique-Alto Hospicio (US$ 108 milhões)
Teleférico de Valparaíso (US$ 78 milhões)
Estádio O'Higgins Park (US$ 29 milhões)
Estrada orbital Santiago Norponiente (US$ 987 milhões)
Estrada periférica de Valparaíso (US$ 815 milhões)
Centro de Justiça de Santiago (US$ 56 milhões)
Porto seco de Los Andes (US$ 56 milhões)
Rede aeroportuária do sul. Aeroportos El Tepual-Cañal Bajo-Mocopulli-Pichoy (US$ 273 milhões)
Rodovia Rota 5. Trecho Antofagasta-Iquique (US$ 720 milhões)
Estradas de acesso a Valdivia (US$ 675 milhões)
Rodovia Rota 5. Trecho Rio Bueno-Puerto Montt (US$ 310 milhões)
Rota 57. Santiago-Colina-Los Andes (US$ 900 milhões)
Rodovia Rota 5. Trecho Collipulli-Temuco (US$ 320 milhões)
Rota Villarrica (US$ 608 milhões)
Rodovia L-30 (US$ 600 milhões)

Na frente regulatória, dois projetos de lei visando agilizar as permissões foram submetidos ao congresso no ano passado. Um deles, que visa simplificar as permissões setoriais, foi aprovado pela câmara baixa e está sendo revisado pelo senado.

A discussão do segundo, projetado para acelerar as avaliações ambientais, começou no comitê de meio ambiente do senado, mas ainda precisa ser votado na câmara alta.