Destaque: o futuro da WOM no Chile e na Colômbia

A operadora de telecomunicações WOM pode ser vendida no Chile, enquanto na Colômbia se especula sobre sua liquidação, após a apresentação de um pedido de recuperação judicial pelas duas unidades.

A WOM Chile entrou com o pedido nos Estados Unidos, enquanto a WOM Colombia optou por seguir com o processo de insolvência ao abrigo das leis locais.

O processo enfrentado pela subsidiária chilena nos Estados Unidos prevê a possibilidade de conseguir um investidor para a companhia. “Os devedores e seus assessores receberam manifestações de interesse de instituições estratégicas e financeiras interessadas em adquirir os ativos”, segundo um documento do processo de reestruturação.

De acordo com o documento, a WOM Chile, que soma 8 milhões de usuários, tem “um valor significativo ainda não realizado”.

Em declarações recentes à imprensa local, o CEO da WOM no Chile, Martín Vaca Narvaja, disse que o objetivo é “gerar o maior valor possível para a WOM”. Para o executivo, “existe uma solução, que pode ser uma reestruturação da dívida, a entrada de um novo investidor ou uma combinação de ambas as opções”.

No mês passado, a WOM garantiu a liberação de US$ 100 milhões do empréstimo de US$ 200 milhões que a empresa obteve com o JP Morgan.

Enquanto isso, a operadora está abrindo mão das concessões de espectro na faixa de 26 GHz. A reguladora Subtel autorizou a devolução porque os prazos para início dos serviços ainda não haviam expirado e a exploração do recurso não tinha começado.

De acordo com os registros da Subtel, a WOM não enviou nenhuma solicitação de recebimento de obras e instalações de estações rádio-base autorizadas pelos decretos de outorga das concessões. A verdade é que as operadoras ainda não encontraram um modelo de negócio para esta faixa e preferem concentrar os seus esforços no desenvolvimento do 5G na faixa de 3,5 GHz.

Enquanto isso, na Colômbia, a imprensa especula a respeito da liquidação da WOM e da migração de seus usuários para outras operadoras, depois que o ministro de TIC , Mauricio Lizcano, disse em declarações a jornalistas que o governo não estava disposto a realizar um resgate da companhia.

No dia 2 de julho, o regulador da indústria e comércio SIC relatou que até aquela data não havia recebido informações referentes a “uma eventual suspensão ou cessação da prestação de serviços aos usuários WOM, nem plano de migração com o objetivo de proteger os referidos direitos”.

O processo de insolvência continua no regulador de empresas.

Em março, a WOM era a segunda maior operadora de internet móvel no Chile, com 25,2% do mercado, abaixo dos 31% da Entel. A Movistar ocupava o terceiro lugar, com 20,3%, seguida pela Claro, com 17,3%, segundo os últimos dados da Subtel.

Na Colômbia, os últimos números do mercado, de dezembro, indicam que a WOM detinha apenas 6,8% do segmento de telefonia móvel, atrás da Tigo (17,4%), da Movistar (24,6%) e da líder Claro (45%). ETB e Virgin Mobile completam a lista com 0,3% e 3,3%, respectivamente, segundo dados do Ministério de TIC.