Destaque: Os próximos investimentos em energia do Brasil

Uma série de projeções de investimentos em capital para o setor energético brasileiro para os próximos anos foram divulgadas ao longo de 2024.

Os investimentos abrangem todas as áreas, desde exploração e produção de petróleo e gás até refino, geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.

A empresa federal de pesquisa energética EPE prevê que o setor demandará 3,2 trilhões de reais (US$ 517 bilhões) nos próximos 10 anos.

A BNamericas lista alguns dos destaques.

Petrobras

O novo plano de negócios da gigante petrolífera envolve investimentos de US$ 111 bilhões até 2029, com US$ 18,5 bilhões projetados somente para 2025.

Nos últimos meses, a empresa anunciou investimentos em fábricas de fertilizantes, refinarias e projetos de hidrogênio verde.

Empresas independentes de petróleo e gás

As empresas independentes de petróleo e gás devem investir 40 bilhões de reais até 2029, de acordo com a associação do setor ABPIP .

Exploração de petróleo e gás

Os planos de trabalho de exploração das operadoras de petróleo e gás preveem R$ 5,5 bilhões em investimentos em 2025, de acordo com um relatório do regulador ANP visto pela BNamericas.

Distribuição de gás natural

A distribuidora de gás do estado do Rio de Janeiro , Naturgy, anunciou investimentos de cerca de 300 milhões de reais em um projeto de corredor sustentável.

A iniciativa permite que caminhões e ônibus movidos a gás natural veicular operem em estados da região Sudeste do Brasil, emitindo menos poluentes e gases de efeito estufa e gerando menos ruído.

Armazenamento de gás

A Origem Energia e a Transportadora Associada de Gás ( TAG ) formaram uma joint venture para desenvolver um projeto de armazenamento de gás natural, com investimento inicial de US$ 200 milhões.

Energia solar

Os investimentos gerados pelo setor solar fotovoltaico podem ultrapassar 39,4 bilhões de reais, incluindo usinas de geração centralizada e distribuída (GD), prevê a associação de energia solar Absolar .

A ABGD , que representa o segmento de GD, estima um investimento de R$ 27 bilhões para 2025.

Cemig

A Cemig, empresa de energia do estado de Minas Gerais, planeja investir R$ 39,2 bilhões entre 2025 e 2029, dos quais R$ 23,2 bilhões serão destinados à distribuição, R$ 4,2 bilhões à geração, R$ 4,3 bilhões à transmissão, R$ 2,6 bilhões à geração distribuída, R$ 1,6 bilhão ao gás natural, R$ 2,3 bilhões à inovação e R$ 1 bilhão à tecnologia da informação.

Copel

A estatal de energia do Paraná planeja investir R$ 3 bilhões no ano que vem, um aumento de 25% em relação à projeção de investimento para 2024. Do total, R$ 2,5 bilhões irão para a distribuidora Copel Distribuição .

Enel

A empresa italiana planeja investir 25,3 bilhões de reais no Brasil, dos quais 24 bilhões de reais serão destinados à distribuição. Do total de investimentos previstos, 10,4 bilhões de reais serão direcionados à área de concessão de São Paulo, onde a Enel vem enfrentando problemas no atendimento aos clientes.

ISA Energia

A empresa colombiana pretende investir R$ 9 bilhões até 2029 no Brasil.

Engie Brasil Energia

A multinacional francesa elevou sua projeção de investimentos em capital para 2025 de R$ 3,30 bilhões para R$ 3,77 bilhões.

Transmissão de energia

O operador nacional de rede elétrica , ONS, estima que 7,6 bilhões de reais terão que ser investidos em cerca de 1.260 km de linhas de transmissão e 14.750 MVA de novos transformadores para subestações novas e existentes até 2029.

Transformadores de potência

A Nansen investirá 265 milhões de reais em uma nova fábrica de transformadores e um centro de R&D em Minas Gerais. A iniciativa é resultado de uma parceria com a Cemig.

Eletromobilidade

Até o final de 2025, a Kinsol planeja inaugurar um total de 1.000 estações de carregamento elétrico ultrarrápido, com investimentos estimados em 150 milhões de reais.

Resíduos para energia

Espera-se que o mercado brasileiro de conversão de resíduos em energia atraia até 12 bilhões de reais até 2030, disse Yuri Schmitke, CEO da associação setorial Abren, à BNamericas em uma entrevista recente.