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Economia brasileira enfrenta volatilidade, apesar dos números fortes do 1º tri

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Economia brasileira enfrenta volatilidade, apesar dos números fortes do 1º tri

No primeiro trimestre deste ano, a economia do Brasil registrou uma expansão de 0,8% em relação ao último trimestre de 2023 e de 2,5% no comparativo interanual, mas esse crescimento pode desacelerar devido às enchentes que ainda afetam o estado do Rio Grande do Sul.

O crescimento anual foi impulsionado pelos setores de indústria e de serviços e pela taxa de investimentos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O setor de serviços cresceu 3%, e a indústria, 2,8%, enquanto a formação bruta de capital fixo aumentou 4,4%.

Os números positivos do primeiro trimestre são cruciais para os próximos trimestres por conta dos efeitos de transferência.

No entanto, as condições meteorológicas extremas que atingiram o estado do Rio Grande do Sul, o quarto mais importante do país em termos econômicos, em maio causaram inundações que geraram danos e paralisaram a economia local. A situação pode afetar a atividade econômica nacional.

“O primeiro trimestre do ano foi muito bom, com dados muito positivos de consumo e investimentos. Porém, ainda não está claro qual será o efeito econômico dos eventos climáticos no Rio Grande do Sul e não descarto, por causa disso, uma contração econômica durante o segundo trimestre deste ano”, disse à BNamericas Luis Octavio Leal, economista-chefe da empresa local de gestão de ativos G5 Partners.

“Para este ano, decidi manter uma projeção de expansão do PIB de 2,1%, sem revisão, com base no cenário melhor que o esperado no primeiro trimestre e considerando os efeitos negativos no segundo trimestre dos acontecimentos no Rio Grande do Sul”, acrescentou Leal.

Leonardo Costa, economista da empresa de investimentos ASA Investments, projeta um crescimento de 2,3% para o ano.

“Os próximos trimestres deverão apresentar maior volatilidade, considerando os efeitos deletérios da crise no Rio Grande do Sul. O primeiro efeito sentido deverá ser uma contração, com a atividade econômica paralisada por quase um mês no estado, com impacto na indústria, agricultura e serviços da região, afetando os dados do segundo trimestre de 2024”, avaliou o especialista a pedido da BNamericas.

“Em seguida, o esforço de reconstrução deverá apoiar o crescimento no período posterior. Apesar do pequeno tamanho do estado em termos de PIB total, a escala da tragédia foi grande o suficiente a ponto de afetar o dado nacional”, disse ele.

“De qualquer forma, os dados do PIB do segundo e terceiro trimestres deste ano conterão mais volatilidade, com uma desaceleração [econômica] no curto prazo e reaceleração em parte do segundo semestre”, completou Costa.

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