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Fundo da Marinha Mercante autoriza R$ 12 bi para construção naval e portos

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Fundo da Marinha Mercante autoriza R$ 12 bi para construção naval e portos

O Fundo da Marinha Mercante (FMM) autorizou a liberação de R$ 12 bilhões (US$ 2,14 bilhões) para apoiar o setor portuário.

Os recursos financiarão 32 iniciativas privadas, abrangendo de construção naval até modernização e expansão de terminais portuários, informou o Ministério de Portos e Aeroportos em um comunicado.

"A iniciativa do governo é positiva, mas na verdade ainda vemos esses anúncios de investimentos no setor portuário quase sem efeito prático, porque as operações de exportação e importação no Brasil continuam a enfrentar custos elevados e também há atrasos nos procedimentos, tornando a atividade comercial no Brasil ainda muito cara", disse à BNamericas José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

O financiamento do FMM é a primeira operação aprovada depois que o Ministério de Portos e Aeroportos publicou uma portaria, no início deste mês, permitindo mais financiamento do fundo para projetos que utilizem maior conteúdo local e gerem mais empregos locais na indústria de construção e reparação naval.

Os bancos responsáveis por intermediar o financiamento são o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Banco da Amazônia.

O governo não revelou detalhes sobre os projetos que serão beneficiados, mas em um comunicado o BNDES disse que, por meio do FMM, aprovou o financiamento de R$ 3,7 bilhões para a LHG Logística investir em hidrovias usadas para transportar minério de ferro e manganês.

Com os recursos, a LHG Logística planeja construir 400 balsas e 15 empurradores para o transporte hidroviário de minérios de ferro e manganês pelos rios Paraná e Paraguai.

As embarcações serão construídas nos próximos quatro anos em seis estaleiros nacionais, localizados nas regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste.

“Esta é uma operação que contribui para o desenvolvimento da produção nacional, gerando milhares de empregos com qualidade, impulsionando a descarbonização com um transporte mais limpo e reativando a indústria naval, que faz uma competição internacional difícil, com países como China e Singapura”, disse em nota o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“Ao investir na produção local, o país não só reduz a dependência de importações, mas também impulsiona as exportações e a balança comercial brasileira”, acrescentou.

Os minérios são extraídos em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e carregados em barcaças atravessando 2.500 km pela hidrovia, cruzando o Paraguai, até chegar ao terminal marítimo de Nova Palmira, no Uruguai, onde são carregados em navios de longo curso.

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