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Governo federal concede impulso financeiro de R$ 3,6 bi para Transnordestina

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Governo federal concede impulso financeiro de R$ 3,6 bi para Transnordestina

O governo federal anunciou um impulso financeiro de R$ 3,6 bilhões (US$ 640min) para apoiar o desenvolvimento da ferrovia de carga Transnordestina, na região Nordeste do país.

O financiamento será concedido por meio da criação do Fundo de Investimento em Infraestrutura Social (FIIS), que será administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A expectativa é que o novo fundo capte cerca de R$ 10 bilhões, dos quais R$ 3,6 bilhões serão investidos na ferrovia.

“São R$ 12 bilhões ao todo, Transnordestina é a maior obra de infraestrutura do Nordeste. E vamos fazer os três braços: Piauí, Ceará e Pernambuco. Integrar a região é um compromisso”, disse o ministro dos Transportes, Renan Filho, em um comunicado.

“Com esse novo aporte, a gente prevê que até 2027 concluímos a obra”, acrescentou.

Os esforços do governo para concluir a Transnordestina foram bem recebidos pelos participantes do mercado.

“É importante que os projetos ferroviários avancem com integração com outros modelos de infraestrutura, como rodovias, portos, hidrovias e aeroportos. Mesmo com os desafios fiscais que o governo enfrenta, é importante também que se encontrem formas para avançar no financiamento de projetos”, destacou à BNamericas Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer).

Cerca de 679 km dos 1.206 km totais do sistema da Transnordestina foram concluídos. O projeto consiste em uma linha principal que vai de Eliseu Martins, no Piauí, até Salgueiro, em Pernambuco, com ramais que levam ao Porto do Pecém, no Ceará, e ao Porto de Suape, em Pernambuco.

Fonte: Câmara dos Deputados

A liberação dos recursos do FIIS será feita por meio de financiamento do Banco do Nordeste. O projeto da Transnordestina receberá R$ 1 bilhão por ano entre 2024 e 2026 e mais R$ 600 milhões em 2027.

A obra está a cargo da Transnordestina Logística (TLSA), controlada pelo grupo siderúrgico CSN.

O projeto foi iniciado em 2006, durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e estava previsto para ser concluído em 2010. No entanto, sofreu vários atrasos devido à falta de financiamento do governo federal.

A TLSA se queixou do atraso nas transferências de recursos governamentais, o que prejudicou o andamento das obras.

Com a posse de Lula, em janeiro de 2023, o governo federal retomou o apoio a projetos de infraestrutura no Nordeste, uma importante base de apoio do atual governo.

O sistema da Transnordestina faz parte de uma importante cadeia de valor que envolve empresas de engenharia e serviços, uma vez que os contratos são divididos em trechos de 50 km e contemplam investimentos significativos.

Um executivo diretamente envolvido no processo de contratação disse à BNamericas que, segundo os termos dos contratos mais recentes, a construção de cada quilômetro das linhas custaria entre R$ 17 milhões e R$ 20 milhões.

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