López Obrador critica bancos de desenvolvimento apesar do financiamento do corredor de Tehuantepec

Embora o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) tenha confirmado o financiamento de um dos megaprojetos do presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador neste ano, o líder de esquerda criticou o papel dos bancos internacionais de desenvolvimento que “não fazem nada” e são muito burocráticos.

“Existem bancos de desenvolvimento para a América Latina, como o [BID] e outros, mas não fazem nada, não ajudam, não fomentam a atividade produtiva, não criam empregos nos países, são um aparato burocrático oneroso, uma fachada”, disse ele na quarta-feira (14), acrescentando ser necessária uma aliança latino-americana de desenvolvimento econômico e social.

Na próxima Cúpula de Líderes da América do Norte (NALS), nos dias 9 e 10 de janeiro, López Obrador apresentará uma proposta de integração para enfrentar o que ele afirma ser a falta de apoio financeiro na região, disse ele.

O BID anunciou em julho que forneceria até US$ 2,25 bilhões em empréstimos para empresas que buscam se mudar para o istmo de Tehuantepec, onde o governo está construindo o corredor interoceânico que inclui a reabilitação de uma linha férrea de 300 km entre o porto de Coatzacoalcos, na costa do Golfo do México, no estado de Veracruz, e o porto de Salina Cruz, no estado de Oaxaca, no Pacífico.

“Embora o financiamento seja para empresas que se instalem no território, haverá um enfoque especial na instalação de parques industriais, empresas âncoras nos parques e no resto do sul-sudeste, e financiamento para PMEs que forneçam esses empresas”, disse à BNamericas o representante do Grupo BID no México, Ernesto Stein, em entrevista, em agosto.

“Além disso, através da nossa janela pública, apoiaremos os planos do Ministério das Finanças com uma linha de crédito para PMEs que virá através do banco de desenvolvimento Nafin, no valor de 200 milhões de dólares, mais 3 milhões de dólares em recursos não reembolsáveis”, acrescentou.

Além disso, será construído um novo terminal de contêineres em cada costa, além de 10 parques industriais ao longo da linha férrea, onde a iniciativa privada terá concessões para operar em regime tributário especial.

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