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Mercado livre de energia do Brasil deve crescer 1 ponto percentual ao ano

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Mercado livre de energia do Brasil deve crescer 1 ponto percentual ao ano

O mercado livre ou não regulamentado de energia elétrica no Brasil deverá crescer cerca de um ponto percentual ao ano até 2030, atingindo 47% da carga total de energia até o final da década, de acordo com um estudo da Thymos Energia, obtido com exclusividade pela BNamericas.

A consultoria prevê que até 2024, o mercado livre representará 38% do consumo do país.

A cor laranja mostra o consumo atual no mercado livre, enquanto a laranja clara indica a migração de consumidores de alta tensão e o cinza representa migração de consumidores de baixa tensão. Já o cinza claro aponta o consumo atual no mercado regulado.

O governo federal está trabalhando para garantir que os consumidores de baixa tensão tenham acesso ao mercado livre de energia até o final desta década.

Mayra Guimarães, head de preços e estudos de mercado da Thymos, disse que o crescimento de 1.p.p exposto no gráfico parece pouco ao olharmos o volume em termos de energia, mas em termos de novos clientes esse valor será bastante expressivo.

Ela lembrou que em janeiro todos os consumidores conectados em Alta Tensão passaram a ser elegíveis para migrar para o mercado livre, o que abriu o ambiente não regulado para cerca de 180 mil potenciais novos clientes.

“Esses novos clientes potenciais são clientes de menor porte, com um consumo menor. Assim, embora o crescimento em termos de consumo seja pequeno, em termos de novos clientes deve ser expressivo”, disse Guimarães à BNamericas.

O nível de adesão deste novo mercado elegível à migração para o ambiente livre poderá alterar o cenário projetado pela Thymos. Os potenciais novos clientes são menores, estão pulverizados ao redor do país e, muitas vezes, não estão familiarizados com o mercado livre e as possibilidades de economia que esse mercado oferece.

“Esse cenário cria desafios para a adesão desses novos consumidores que demandarão uma força tarefa comercial maior por parte dos agentes do mercado de energia varejista”, afirmou a consultora.

VISÃO GERAL

Segundo os dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel), 40.578 consumidores estiveram no mercado livre neste mês de março, um aumento de 28% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Em março, o consumo de energia no mercado livre totalizou 26.234 MWa, ou 36% de toda a energia elétrica consumida no país.

De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a flexibilização dos critérios de acesso, em janeiro, provocou uma aceleração intensa no ritmo de migrações ao mercado livre de energia.

No primeiro trimestre deste ano, 5.360 novos consumidores chegaram ao segmento, volume superior ao total de entrantes nos doze meses de 2022. O ambiente encerrou o mês de março com o acumulado de 43.540 unidades, 10 mil a mais do que o mesmo período de 2023.

Cerca de 72% dos aderentes adotaram a modalidade de varejo, ou seja, passaram a ser representados por um comercializador varejista. Este fornecedor fica responsável por facilitar o ingresso do cliente, gerenciar o dia a dia dos contratos e assumir os riscos inerentes à atividade de compra e venda de eletricidade.

Segundo a CCEE, o mercado livre representa 38% do consumo total de energia elétrica do Brasil, e deve continuar a crescer nos próximos meses.

Conforme dados registrados na Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aproximadamente 19,3 mil consumidores informaram às distribuidoras sobre o desejo de migrar para o ambiente ao longo do ano de 2024, além dos 650 pedidos para 2025.

Os estados do Sudeste e o Sul do país lideram o ranking de migrações ao mercado livre de energia no primeiro trimestre de 2024. São Paulo está no topo da lista, com 1.731 novos consumidores no ambiente, seguido pelo Rio de Janeiro (563) e o Rio Grande do Sul (480).

Entre os 15 ramos de atividade acompanhados pela CCEE, destacam-se o comércio, com 1.544 migrações no período, os serviços, com 1.328, e os manufaturados diversos, com 642.

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