México e América do Norte estão preparados para aproveitar o gás relativamente barato, diz economista
O México e o restante da América do Norte têm uma vantagem tática com os custos de produção e geração de gás natural em níveis baixos que não são encontrados em nenhum outro lugar do mundo no momento, algo que deve ser aproveitado, segundo o economista Luis de la Calle.
“A América do Norte tem a energia mais competitiva do mundo em termos de preço do gás natural, preço da geração de energia elétrica e diversidade da matriz energética que pode ser produzida na região”, disse De la Calle em um podcast nesta quarta-feira (8) com o analista econômico chefe do Banorte, Alejandro Padilla.
“Isso não existe na China, como um grande importador de insumos energéticos a milhares de quilômetros de distância”, acrescentou.
“Portanto, temos muita sorte de ter, na América do Norte, uma grande produção de hidrocarbonetos, grande produção de gás natural, além de um significativo potencial de produção de outras fontes de energia limpas, diversificadas e também algumas baseadas em hidrocarbonetos e carvão”, afirmou De la Calle.
A companhia nacional de petróleo do México (Pemex) e uma série de players privados de upstream autorizados a operar no país tiveram um certo progresso no aumento da produção de gás natural nos últimos anos. No entanto, há potencial para uma produção muito maior do que a plataforma foi capaz de alcançar.
Apesar dos esforços do presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador (AMLO) para sustentar a plataforma de petróleo e gás com a Pemex na dianteira, a produção nacional de gás ficou relativamente estável desde que ele assumiu o cargo, em 2018, atingindo 4,76 Bf³/d (bilhões de pés cúbicos por dia) em maio de 2022, em comparação com 4.857 Bf³/d quando o presidente assumiu o poder, em dezembro de 2018, como mostra o gráfico do regulador de hidrocarbonetos (CNH) abaixo.
Porém, o ímpeto para desenvolver recursos de gás natural tem sido limitado pela disponibilidade de gás barato dos Estados Unidos e do estado do Texas, em particular.
“Estamos vendo cada vez mais produção doméstica chegar ao mercado local [no México]”, disse o CEO da Santa Fe Gas, Santiago García, durante o evento Industry Exchange, de acordo com o canal de notícias de energia Natural Gas Intelligence (NGI).
No entanto, o executivo acrescentou que “o México continuará dependendo das importações”.
“O gás natural está se tornando mais importante no México e pode ser o combustível mais importante em nível nacional”, destacou Hector Moreira, comissário da CNH, segundo o NGI.
Segundo Moreira, existem 476 áreas preparadas para exploração e produção que ainda não foram atribuídas no México, envolvendo cerca de 224 Tf³ (trilhões de pés cúbicos) de gás, uma quantidade que poderia alimentar a demanda por um século, informou o NGI.
“Estamos começando a ver o primeiro aumento no gás e estamos em um período de crescimento, com maior investimento”, declarou Moreira ao canal, acrescentando que, se o cenário atual de preços elevados persistir por um longo prazo, a Pemex pode estar diante de uma oportunidade de passar do status de empresa de petróleo e gás mais endividada do mundo para uma companhia financeiramente saudável.
De la Calle ressaltou: “O grande desafio para a América do Norte é se integrar mais verticalmente e ter uma ampla oferta de insumos para a produção de bens finais, e isso implica aproveitar do preço reduzido do gás natural”.
O gás natural na América do Norte hoje, segundo ele, custa US$ 8 por milhão de BTU, enquanto na Ásia e na Europa o valor é de US$ 14 e US$ 26, respectivamente.
“Isso garante à América do Norte uma imensa oportunidade de desenvolver aços especializados, que têm uso intensivo de gás, vidro, fibra de vidro, todos os plásticos, resinas, fibras sintéticas”, disse De la Calle.
O primeiro e mais óbvio desafio, acrescentou, é levar a ampla e barata oferta de gás natural para a indústria petroquímica, além das indústrias de aço, vidro, fibras sintéticas, tudo isso “para incorporar mais valor agregado por linha exportada”.
“Uma televisão, um computador ou um telefone celular, fundamentalmente todos eles são derivados do gás natural. O que você tem em mãos, quase tudo é gás natural ou derivado de etano, então, enquanto não tivermos um mercado integrado de energia na América do Norte, não poderemos aproveitar essa oportunidade”, explicou.
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