Novas regiões de nuvem pública chegarão em breve à América Latina

Em meio à demanda contínua por processamento e inteligência artificial, um importante provedor global de nuvem pública está pronto para expandir sua presença regional e anunciar novas regiões de nuvem para a América Latina nos próximos dias.

O anúncio incluirá novos tipos de regiões, incluindo algumas das primeiras na América Latina focadas na soberania de dados para entidades públicas, segundo fontes de mercado informaram à BNamericas sob condição de anonimato.

A América Latina ainda apresenta espaço para crescimento em comparação com os mercados mais avançados, especialmente após o aumento na adoção de IA generativa, o que tem atraído o interesse de grandes players em projetos para reduzir a latência dos serviços e aumentar as opções para clientes locais.

Atualmente, com a inauguração da primeira região da Microsoft no México em maio, a América Latina totaliza 15 regiões de nuvem pública dos principais provedores, distribuídas em quatro países: Brasil, México, Chile e Colômbia.

Amazon Web Services (AWS), Oracle, Huawei e Google, além da Microsoft, estão entre os fornecedores que já operam na região.

Entre os desenvolvimentos mais recentes, a Huawei ampliou no primeiro trimestre sua estrutura de nuvem no Brasil com a ativação de uma terceira zona de disponibilidade (cluster de datacenter) em São Paulo.

Com o lançamento, a Huawei Cloud alcançou 85 zonas de disponibilidade em 30 regiões ao redor do mundo, com mais de 2.800 nós de rede de entrega de conteúdo.

Segundo a Huawei, essa zona reduziu a latência para um valor baixíssimo de 27 milissegundos para serviços no Brasil.

De todos os cinco grandes players de nuvem, no entanto, a Oracle possui a maioria das regiões de nuvem na América Latina, com duas no Brasil, duas no México, duas no Chile e uma na Colômbia.

Foi também a primeira a ter duas regiões no Chile e a primeira a lançar uma região de nuvem na Colômbia.

No geral, a indústria de datacenters da América Latina está preparada para um crescimento contínuo nos próximos 5 a 7 anos, impulsionada pela nuvem e pela IA, com uma série de projetos em desenvolvimento e com ativação prevista nos próximos trimestres.

De acordo com a especialista em transações imobiliárias CBRE, o estoque total de datacenters na América Latina atingiu 757 MW em capacidade operacional crítica no ano passado, um aumento de 16%.

O número é semelhante ao da empresa de gestão imobiliária e de investimentos JLL, que estima que os principais hotspots de datacenter da América Latina tenham quase 750 MW de capacidade de carga de TI integrada.

No Brasil, em particular, a JLL estimou em março que o mercado local de datacenters tinha 900 MW de capacidade, considerando projetos em construção e em planejamento.