O dilema do governo: cortar ou não os gastos públicos
Como parte das discussões sobre o orçamento federal para 2025, o governo brasileiro avaliará novas medidas para conter os gastos públicos em meio à pressão do mercado e do Congresso.
A medida foi anunciada em um contexto de desvalorização dos preços das ações e da moeda brasileira, depois que a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou que vai conter o déficit fiscal crescente através do aumento de impostos, em vez do corte de despesas. Um grupo de senadores também criticou o plano.
“Começamos a discutir a agenda de gastos para 2025. Vamos manter um ritmo mais intenso de trabalho neste mês, porque, em julho, começa a ser montada a peça orçamentária, e, em agosto, a peça é encaminhada ao Congresso Nacional”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a repórteres, em uma tentativa de gerenciar as repercussões.
“Estamos fazendo uma revisão ampla, geral e irrestrita do que pode ser feito para acomodar as várias pretensões legítimas do Congresso e do Executivo, mas sobretudo para garantir que tenhamos tranquilidade no ano que vem”, declarou.
Haddad, membro do Partido dos Trabalhadores (PT), é a favor da contenção dos gastos públicos e sua opinião tem o apoio do vice-presidente Geraldo Alckmin e da ministra do Planejamento, Simone Tebet – que não são do PT e se uniram à coalizão de Lula durante a campanha eleitoral de 2022.
Por outro lado, membros do partido governista liderados pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, são contra qualquer medida de corte de gastos. O próprio Lula tende a aumentar os gastos públicos, por acreditar que o governo tem um papel fundamental de estimular a atividade econômica.
O custo político dos cortes orçamentários também influencia essa equação.
“O corte de gastos, se realmente acontecer, provavelmente afetará todas as áreas do governo, mas as mais afetadas serão saúde e educação, que contam com mais recursos públicos. Essas áreas são muito sensíveis para a base do eleitorado de Lula, e isso pode afetar os níveis de aprovação dele”, avaliou André Pereira César, analista político da Hold Consultoria, em conversa com a BNamericas.
A divisão interna na administração alimentou especulações nos últimos dias de que Haddad seria retirado do cargo e substituído por Aloizio Mercadante, que atualmente lidera o BNDES. “Se isso realmente acontecesse, teria um impacto muito negativo na percepção dos investidores, porque Mercadante é um defensor firme e aberto do aumento dos gastos públicos”, acrescentou César.
Sentindo o receio entre a classe de investidores, Lula apoiou publicamente seu ministro da Fazenda.
“Ele é um ministro extraordinário. Não sei qual é a pressão contra o Haddad. Todo ministro da Fazenda, desde que eu me conheço por gente, vira o centro dos debates, quando a coisa dá certo, quando a coisa não dá certo”, disse o presidente a repórteres.
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