Colômbia
Análise

O encolhimento da carteira colombiana de projetos de energia

Bnamericas
O encolhimento da carteira colombiana de projetos de energia

A carteira de projetos de geração de energia da Colômbia diminuiu quase 9.000 MW este ano, em meio a um declínio acentuado na capacidade proposta de energia renovável.

A Unidade de Planejamento Mineiro-Energético do Ministério de Energia (UPME) tem 270 projetos ativos em seu registro, para uma capacidade combinada de 13.826 MW – abaixo dos 321 para 22.750 MW em 1º de janeiro, de acordo com uma apuração da BNamericas.

Os empreendimentos eólicos caíram para 3.173 MW, distribuídos por 21 projetos, em comparação com 8.522 MW e 32 projetos há seis meses.

Iniciativas envolvendo energia solar também apresentaram queda acentuada, com 8.797 MW (202 projetos), ante 11.529 MW (232 projetos) no início do ano.

O registro não possuía termelétricas após a premiação de apenas 48 MW de capacidade a gás – de um total de 4.489 MW – em leilão de energia firme realizado em fevereiro. Os empreendimentos termelétricos totalizaram 672 MW (de seis projetos) em janeiro.

A energia hidrelétrica representou 1.828 MW (43 projetos), abaixo dos 1.975 MW (46 projetos), enquanto as propostas de biomassa caíram para 18 MW (3 projetos), ante 43 MW (4 projetos). O registro inclui uma usina geotérmica com capacidade prevista de 10 MW.

Cerca de 158 projetos, totalizando 7.516 MW, estão em fase de estudos de viabilidade, enquanto 109 (6.290 MW) estão em fase de licenciamento. Outros 19 MW (38 projetos) estão em fase final de desenvolvimento.

O maior projeto ativo no registro é o complexo hidrelétrico Micay, de 800 MW, em desenvolvimento pela Gestión y Diseños Eléctricos em El Tambo, departamento de Cauca.

Na sequência vêm o parque solar Chivo Mono I, de 750 MW, proposto pela Amarak Gutami Energy, e o complexo eólico homônimo de 500 MW da Kappa Energía, ambos em La Guajira.

Seguem-se no ranking o parque eólico Guajira II, de 302 MW, da Isagen (La Guajira); o complexo eólico Motosira, de 300 MW, da Desarrollos Eólicos Alta Guajira (La Guajira); o parque eólico Omega, de 300 MW, da Omega Energía (La Guajira); e o complexo eólico Las Acacias, de 280 MW (Magdalena).

O declínio nos projetos de produção de energia propostos coincide com as preocupações sobre os contínuos atrasos nos projetos de energias renováveis não convencionais no norte do país.

Um relatório publicado em janeiro pela Associação de Energia Renovável da Colômbia (SER) mostrou que quase metade dos projetos de energia eólica e solar do país, previstos para serem lançados nos próximos dois anos, registravam atraso.

Observadores da indústria citaram os protestos e os requisitos de licenciamento ambiental – incluindo a necessidade de realizar exaustivas consultas com comunidades individuais – como uma das principais razões para os atrasos.

Em junho, o Grupo Energía Bogotá declarou que seu problemático projeto de transmissão Colectora – um pilar fundamental do desenvolvimento de energias renováveis na Colômbia – poderia sofrer mais atrasos, em função de novos obstáculos no licenciamento.

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