
Os potenciais desafios do sistema elétrico brasileiro até 2055
Disputas geopolíticas, mudanças climáticas e aumento da participação de fontes intermitentes estão entre os desafios que o setor elétrico brasileiro enfrentará nos próximos 30 anos, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Na segunda-feira (6), a entidade publicou o documento "Cenários Energéticos: Plano Nacional de Energia 2055", no qual as questões relacionadas à transição energética foram um dos destaques.
A seguir, a BNamericas resume as principais conclusões e recomendações do documento.
GEOPOLÍTICA
O posicionamento dos países desenvolvidos, da China e de outras nações asiáticas no desenvolvimento tecnológico e em diversas cadeias de transição energética (como equipamentos de transmissão, painéis fotovoltaicos, baterias etc.) cria desafios relacionados à dependência produtiva e tecnológica do sistema energético brasileiro e sua competitividade.
O cenário levanta preocupações sobre a segurança energética, mas também cria oportunidades para o desenvolvimento de cadeias produtivas (novas e existentes) para a transição energética do país.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS E SEGURANÇA
As mudanças climáticas podem impactar a disponibilidade de recursos naturais e energéticos, a demanda por energia e a eficiência e integridade das infraestruturas energéticas.
Como resultado, a necessidade de resiliência e segurança tem sido uma prioridade no planejamento do sistema energético nacional, e outros modelos/mecanismos de negócios precisam ser desenvolvidos para garantir a segurança do fornecimento.
INOVAÇÃO
O relatório afirma também ser necessário acelerar e ampliar os investimentos em inovação, tanto em eficiência energética e energias renováveis quanto em novas tecnologias associadas a setores difíceis de descarbonizar (como siderurgia, cimento, transporte de cargas, aviação, produtos químicos etc.), bem como em tecnologias facilitadoras, como as vinculadas à transformação digital.
BAIXO CARBONO
Maior inclusão de fontes renováveis variáveis
A expansão de fontes intermitentes traz desafios ao planejamento e à operação, tornando necessário investir em recursos que adicionem cada vez mais flexibilidade e controlabilidade às operações, de modo a lidar com variações de geração e carga.
Além de um sistema de transmissão robusto, o desenvolvimento/implementação de tecnologias de armazenamento de energia, sistemas flexíveis de transmissão em corrente alternada, compensação reativa variável, mecanismos de resposta à demanda e tecnologias meteorológicas, entre outros, também podem contribuir para aumentar a flexibilidade operacional.
Também é importante considerar os impactos socioambientais locais das energias renováveis variáveis, segundo a EPE.
Aumento da eletrificação no consumo final de energia
Embora a eletrificação do setor energético seja considerada uma tendência, a intensidade e a velocidade desse processo são incertas, principalmente em segmentos como transporte e indústria.
Este é um motor para a integração de novos projetos de geração renovável, estimulando o uso eficiente e sustentável do potencial energético do Brasil e do sistema de transmissão.
No entanto, questões relacionadas ao custo da eletricidade podem afetar o processo de eletrificação.
Protagonismo do consumidor e maior descentralização dos sistemas energéticos
Os recursos energéticos distribuídos (RED) apresentam desafios, mas também podem trazer benefícios associados à sua integração no sistema, como redução de perdas e aumento da confiabilidade.
Melhorias na metodologia, modelagem e políticas de compartilhamento de informações são necessárias para garantir a identificação adequada dos requisitos de expansão, permitindo um planejamento energético eficaz e eficiente e uma operação futura segura.
A perspectiva de uma maior digitalização na produção e utilização de energia
A digitalização pode ajudar a reduzir custos, melhorar a eficiência e a resiliência e induzir mudanças no comportamento do consumidor em direção a opções de baixo carbono.
Os desafios incluem criar a capacidade de aproveitar o potencial da digitalização (infraestrutura, serviços tecnológicos e mão de obra), não apenas em nichos específicos, mas de forma mais ampla, entre a população, bem como preocupações com a segurança cibernética, segundo o relatório.
NECESSIDADE DE SERVIÇOS ENERGÉTICOS
Existe o desafio de garantir acesso confiável, sustentável, moderno e acessível à energia para todas as pessoas. É necessário expandir e modernizar a infraestrutura e a tecnologia para fornecer serviços de energia.
O ritmo e a intensidade do crescimento da demanda podem ser impactados por fatores incertos ligados ao comportamento do consumidor, eficiência energética, eletrificação em setores de uso final e tendências de renda no Brasil, de acordo com o relatório.
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