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Perspectivas de melhoria? Banco Central eleva estimativa do PIB para 2024

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Perspectivas de melhoria? Banco Central eleva estimativa do PIB para 2024

O Banco Central elevou a estimativa de crescimento econômico do país em 2024 após resultados melhores do que o esperado nos primeiros meses do ano.

A autoridade monetária agora prevê um aumento de 2,3% do PIB, em comparação com sua projeção anterior de 1,9%.

“O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,8% no primeiro trimestre, ritmo robusto e superior ao esperado. Ao mesmo tempo, o desemprego recuou e os salários continuaram crescendo”, afirmou o banco no seu relatório trimestral de inflação.

Também afirmou que as inundações sem precedentes que ocorram do mês passado no Rio Grande do Sul tiveram até agora um impacto menor na economia do que o inicialmente esperado.

“A projeção de 2,3% de expansão econômica é um número realista embora minhas estimativas sejam de 2%”, disse à BNamericas Luciano Rostagno, estrategista-chefe da EPS Investimentos. 

“Minha expectativa é um pouco menos otimista que a do Banco Central, porque acho que os desafios fiscais do Brasil pesam na percepção dos investidores e isso afeta muito as decisões de investimento e tais efeitos podem ser sentidos com mais força durante o segundo semestre deste ano”, acrescentou. 

Segundo Rostagno, outro fator que gera incerteza são as eleições presidenciais de novembro nos Estados Unidos.

“Há um elevado grau de incerteza neste momento em relação ao resultado das eleições nos Estados Unidos e isso também tem um efeito direto na percepção dos investidores em relação aos ativos dos mercados emergentes”, disse.

Entretanto, o Banco Central aumentou para 4% sua estimativa de inflação este ano, face à previsão anterior de 3,5%.

No início deste mês, o banco manteve a taxa Selic inalterada, em 10,5%, em meio a preocupações com a inflação e encerrando um ciclo de flexibilização monetária iniciado em agosto do ano passado, quando a Selic estava em 13,75%.

O próximo presidente do Banco Central

A decisão de manter as taxas de juros inalteradas gerou tensão entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Campos Neto foi nomeado pelo antecessor de Lula, Jair Bolsonaro, e ao final de seu mandato de quatro anos, em dezembro, Lula poderá nomear um sucessor. Ele já indicou quatro dos nove diretores do Banco Central desde que assumiu o poder em janeiro de 2023.

Em recente entrevista à rádio Itatiaia, Lula deu uma forte indicação de quem é seu favorito para substituir Campos Neto.

Lula disse que o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, é um “menino de ouro” e reúne “toda as condições” para ser o próximo presidente da instituição,

Galípolo é economista e antes de ingressar no Banco Central foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda em 2023, também foi presidente do Banco Fator no período de 2017 a 2021. Ele também é considerado um aliado próximo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Se Galípolo se tornar presidente do Banco Central, isso fortaleceria a posição de Haddad na gestão de Lula. Nos últimos meses, o ministro, que defende o controle dos gastos públicos, enfrentou críticas internas de membros do Partido dos Trabalhadores, que são a favor de usar os gastos públicos para estimular o crescimento econômico.

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