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Petrobras avança na eletrificação de FPSOs

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Petrobras avança na eletrificação de FPSOs

A Petrobras está avançando em seu plano para reduzir o impacto ambiental de suas operações de exploração e produção (E&P).

Além de inovações como o separador submarino de gases Hisep, a empresa aposta na eletrificação de FPSOs para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

“A Petrobras está considerando FPSOs All Electric para todos os seus projetos futuros”, disse à BNamericas uma fonte familiarizada com o assunto sob condição de anonimato.

A configuração All Electric consiste em otimizações na planta de processamento do FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência) para o aumento da eficiência energética e da incorporação de novas tecnologias. Estas incluem: soluções de zero ventilação de rotina (recuperação de gases ventilados dos tanques de carga e da planta de processamento), captação profunda de água do mar, uso de variadores de velocidade em bombas e compressores, cogeração (unidade de recuperação de calor residual), zero queima de rotina (recuperação de gases da tocha – flare fechado), válvulas com requisitos para baixas emissões fugitivas e a captura, uso e armazenamento geológico de CO₂ do gás produzido.

Na última sexta-feira, a Petrobras anunciou a contratação dos navios-plataformas P-84 e P-85, com a Seatrium O&G Americas, para a segunda fase de desenvolvimento dos campos de Atapu e Sépia, no pré-sal da Bacia de Santos.

As unidades terão emissões de gases de efeito estufa 30% menores por barril de óleo equivalente produzido.

Outro caso de FPSO totalmente elétrico da Petrobras é a unidade Maria Quitéria, com entrada em operação prevista para o primeiro trimestre de 2025.

Afretado com a Yinson, o navio-plataforma saiu da China no início deste mês, com destino ao Campo de Jubarte, na Bacia de Campos, onde deverá chegar no segundo semestre.

Com capacidade para produzir 100 mil b/d (barris por dia) de petróleo e 5 MMm³/d (milhões de metros cúbicos por dia) de gás, a plataforma conta com tecnologias de descarbonização, como a geração de energia em ciclo combinado, permitindo uma redução de emissões de CO₂ em cerca de 20%.

O FPSO Barracuda/Caratinga, cuja licitação está em andamento, também poderá ser uma unidade totalmente elétrica.

Inicialmente, o conceito estava planejado para aplicado ao FPSO Albacora, mas de acordo com a fonte, a abordagem pode mudar após o cancelamento da licitação da unidade. “A Petrobras terá que refazer a oferta de Albacora e ainda não pode dizer como será”, informou a fonte.

ATAPU-2 E SÉPIA-2

As unidades P-84 e a P-85 operarão em lâminas d’água superiores a 2 mil metros e devem iniciar a produção em 2029 ou 2030.

Cada uma terá capacidade de produção de 225 mil barris/dia de petróleo e processará 10 milhões de MMm³/dia de gás natural.

A construção será realizada em estaleiros no Brasil, China e Singapura, e os percentuais de conteúdo local serão de 20% para a P-84 e de 25% para a P-85.

Os campos de Atapu e Sépia contam com duas plataformas produtoras: a P-70 em Atapu e o FPSO Carioca em Sépia.

A Petrobras detém 65,7% de participação na Atapu em parceria com a Shell (16,7%), TotalEnergies (15%), Petrogal Brasil (1,7%) e o governo federal, representado pela PPSA, que tem 0,9%.

No campo de Sépia, a Petrobras tem 55,3% em parceria com TotalEnergies (16,9%), Petronas (12,7%), QatarEnergy (12,7%) e Petrogal Brasil (2,4%).

COMENTÁRIOS DOS PARCEIROS

Em nota à imprensa, o presidente de E&P da TotalEnergies, Nicolas Terraz, afirmou que a aprovação de Sépia-2 e Atapu-2 é um novo marco na história de crescimento da empresa no Brasil.

“Após o início do Mero-2 no final de 2023 e os startups de Mero-3 em 2024 e Mero-4 em 2025, o Brasil em breve será responsável por mais de 200 mil boe/d (barris de óleo equivalente por dia) em equity production para a empresa”, declarou.

Zoë Yujnovich, diretora global de Upstream da Shell, disse que Atapu-2 é outro exemplo do compromisso da empresa em investir em margens mais altas e oportunidades de menor carbono para seus negócios de upstream.

“Como maior produtor estrangeiro do Brasil, este projeto reforça tanto a importância do Brasil em nosso portfólio global em águas profundas, quanto nossa parceria estratégica com a Petrobras em todo o mundo”, destacou.

Saad Sherida Al-Kaabi, ministro da Energia do Catar e CEO da QatarEnergy, celebrou a concessão do contrato como um marco importante nas atividades da empresa no Brasil.

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