Petrobras estreita laços com bancos chineses

A Petrobras está estreitando seus laços financeiros com a China.

As ações da gigante federal ganharam força nessa área desde o início de 2023, quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência.

No ano passado, a Petrobras assinou memorandos de entendimento com o China Development Bank (CDB) e o Bank of China para avaliar oportunidades de investimento e cooperação em iniciativas de baixo carbono e finanças verdes.

Os acordos também preveem o financiamento da cadeia de fornecedores da Petrobras e o aumento e facilitação das trocas comerciais e financeiras entre a estatal e empresas chinesas.

Na semana passada, a empresa anunciou a assinatura de um memorando de entendimento com a agência de crédito à exportação chinesa Sinosure, com os mesmos objetivos.

O acordo com a Sinosure acompanha uma série de acordos firmados com empresas chinesas, como China Petrochemical Corporation (Sinopec), China National Offshore Oil Corporation (CNOOC), China Energy International Group e Citic Construction Co. (CITIC).  

A expectativa era que as relações entre Brasil e China no setor energético melhorassem sob o comando de Lula, depois da deterioração das relações diplomáticas entre os dois países durante a administração do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Durante a viagem de Lula à China, em abril de 2023, foram formalizados vários acordos energéticos governamentais e corporativos, inclusive no setor de energia elétrica, com empresas chinesas como State-Grid e SPIC.

Parceiros dos principais projetos da Petrobras no pré-sal, como os campos de Mero e Búzios, os chineses aumentaram sua presença no segmento local de exploração e produção (E&P) ao adquirir ativos na bacia de Pelotas em dezembro de 2023.

O país asiático também é um grande construtor de FPSOs para a Petrobras por meio dos estaleiros Cosco e CIMC Raffles, por exemplo.

Os novos acordos com bancos chineses poderão ajudar a Petrobras a melhorar as condições de financiamento para a construção de FPSOs, enquanto a estatal também busca soluções nacionais, como o Fundo da Marinha Mercante (FMM).