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Por que a Cirion está aumentando suas apostas no Rio de Janeiro?

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Por que a Cirion está aumentando suas apostas no Rio de Janeiro?

O Rio de Janeiro se tornará em breve a cidade brasileira com mais datacenters da Cirion.

A empresa acaba de anunciar um projeto para a construção de um segundo datacenter na cidade, o RIO2, um complexo de 60 MW previsto para entrar em operação em 2026.

A proximidade de cabos submarinos, uma rede de interconexão robusta e a presença de grandes clientes, além de boa infraestrutura energética e demanda comercial, ajudam a explicar a aposta da empresa na cidade, disse à BNamericas Gabriel del Campo, vice-presidente de datacenters, segurança e serviços em nuvem da Cirion.

A empresa está no Rio desde 2001, quando ainda se chamava GlobalCrossing e tinha proprietários diferentes. Desde então, e após várias fusões e aquisições, a companhia mudou de nome para Level3, CenturyLink, Lumen e, por fim, Cirion. O fundo norte-americano Stonepeak é o seu atual proprietário.

No Rio, a Cirion opera uma conexão de cabos submarinos no bairro de Vargem Grande. Ao todo, a cidade é um ponto de conexão para oito sistemas internacionais.

Além disso, a empresa tem um de seus sete teleportos satelitais na cidade.

CAPACIDADE

A compra de terrenos vizinhos para o site RIO2 também está diretamente ligada aos limites de capacidade no site inicial, o RIO1.

O RIO1 tem atualmente 4,5 MW de capacidade instalada, informou Del Campo. O site está em fase de ampliação final, a última possível, daí a necessidade de um segundo edifício para acolher os clientes, explicou.

Com a última expansão do RIO1, a ser concluída até o final deste ano, o datacenter ganhará mais 2 MW de potência para uso, chegando a 6,5 MW. A expansão é realizada exclusivamente para atender aos clientes de locação existentes.

Por enquanto, a Cirion ainda não tem contratos de locação assinados ou compromissos firmes de potenciais clientes para o segundo site. Nesse sentido, o RIO2 é uma aposta na demanda futura que Del Campo acredita que surgirá naturalmente.

As fases de entrega do RIO2 até atingir a potência máxima de 60 MW ainda não foram definidas.

A direção da Cirion afirmou que as operações terão início em 2026 e ainda não decidiu qual será a capacidade e o espaço de colocation do site quando for inaugurado.

Segundo Del Campo, o planejamento desta fase está em discussão.

“Hoje, as demandas são muito maiores. Tem que haver capacidade pronta, mas a primeira fase é a mais importante”, destacou.

Alphabet, Amazon, Akamai, Bradesco, EdgeUno, Eletrobras, Itaú, Meta, Microsoft, Oracle, Petrobras, Visa e Zoom são alguns dos clientes do ecossistema mais amplo da Cirion.

ENERGIA

Por outro lado, a Cirion informou que já garantiu o fornecimento total de energia de 60 MW para o local.

O uso da carga aumentará com o tempo, mas a entrega no pico já está garantida, segundo o executivo. A distribuidora local de energia é a Light.

A Cirion também promete utilizar energia renovável e está negociando contratos de compra de energia (PPAs) e certificados verdes com empresas eólicas e solares e outros parceiros relacionados.

Os próximos passos do projeto RIO2 incluem a obtenção das licenças pendentes e a seleção de fornecedores, como construtoras.

Nesse caso, a Cirion não contou com consultorias imobiliárias para selecionar o terreno porque desejava o imóvel ao lado do RIO1, disse Del Campo.

AMÉRICA LATINA

A Cirion acaba de ampliar seu datacenter em São Paulo (Cotia), instalação que ainda tem espaço para crescimento. A empresa conta com uma subestação de energia de 25 MW, mas tem de 9-10 MW atualmente em uso.

Em outras partes da América Latina, a empresa segue neste caminho, com expansões na capital chilena, Santiago, e na capital peruana, Lima.

As duas cidades ganharão um segundo datacenter da Cirion, depois que os primeiros sites atingiram sua capacidade máxima.

As duas novas instalações têm capacidade projetada de 20 MW e entrarão em operação no primeiro semestre do ano que vem.

Na Argentina, a empresa está adicionando aproximadamente 1,8 MW de capacidade ao seu parque existente, composto por quatro datacenters, comentou Del Campo.

Além das localidades onde já está presente e em expansão, o plano estratégico da Cirion-Stonepeak inclui a abertura de datacenters em novas cidades para descentralizar a rede.

“Estamos ativamente comprando terrenos, e devemos fazer novos anúncios em breve”, prometeu Del Campo.

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