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Por que a economia brasileira deve ter uma forte desaceleração em 2022

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Por que a economia brasileira deve ter uma forte desaceleração em 2022

Os especialistas preveem uma forte desaceleração da economia brasileira neste ano, o que pode influenciar as preferências dos eleitores nas eleições presidenciais de outubro.

De acordo com a pesquisa semanal do Banco Central, realizada com 100 economistas, a economia crescerá apenas 0,31%, ante projeções de 4,50% feitas em 2021. A desaceleração será resultado do aumento da Selic para conter a inflação.

“O Brasil vai conseguir evitar a recessão econômica este ano, graças ao desempenho da agricultura, que, depois de um 2021 fraco, deve se recuperar. Mas 2022 será muito complicado para a economia porque teremos o efeito ao longo do ano de uma política monetária na qual a taxa de juros ficará na casa dos dois dígitos na maior parte do tempo, prejudicando a atividade econômica em geral”, disse à BNamericas Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho para a América Latina. O banco projeta um crescimento de 0,5%. 

Com uma baixa recorde chegando a 2% no início de 2021, a taxa Selic agora está em 9,25% e deve chegar a 11,25% no final do ano, enquanto a inflação de 2021 está projetada para 10%.

A taxa básica vai perturbar ainda mais o sentimento dos investidores, já cautelosos com a incerteza decorrente das eleições para presidente e governadores de outubro. Na campanha, a inflação e o emprego serão os temas principais.

“Eu diria que a tentativa de reeleição [do presidente Jair] Bolsonaro será extremamente difícil em um cenário em que a economia brasileira passará por grandes dificuldades”, apontou o analista político André Pereira Cesar, da Hold Consultoria, recentemente à BNamericas.

As pesquisas sugerem que os principais candidatos serão Bolsonaro e o ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva, que aparece na liderança.

Bolsonaro venceu em 2018 com uma plataforma anticorrupção e anticrime, bastante atraente na época porque as investigações da operação Lava Jato estavam repercutindo na sociedade. Mas o cenário deste ano será diferente.

Bolsonaro reconheceu as mudanças do ambiente e reforçou programas sociais.

“O que é bastante negativo para o Bolsonaro é que as eleições acontecerão em um momento em que a economia estará sentindo todos os efeitos da política monetária rígida do Banco Central, visto que os impactos dos aumentos das taxas de juros são defasados”, concluiu Rostagno.

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