Brasil e Bolívia
Análise

Por que a tentativa de golpe agravou a situação na Bolívia

Bnamericas
Por que a tentativa de golpe agravou a situação na Bolívia

A recente tentativa fracassada de golpe militar na Bolívia agravou uma situação política e econômica já frágil no país andino, de acordo com a Fitch Ratings 

A capacidade do governo de elaborar uma resposta política eficaz é ainda mais prejudicada pela crescente divisão dentro do partido governante MAS, à frente das eleições gerais do próximo ano, disse à BNamericas Todd Martinez, codiretor de rating para as Américas da Fitch.

“A Bolívia já enfrentava uma crise econômica antes da tentativa de golpe, devido a políticas insustentáveis que esgotaram as reservas internacionais do Banco Central, resultando em uma escassez de dólares que está sufocando a economia”, afirmou Martinez.

Após o golpe fracassado em 26 de junho, que resultou em um ataque militar ao palácio presidencial, os apoiadores do ex-presidente Evo Morales começaram a acusar o presidente Luis Arce de planejar uma operação de bandeira falsa para aumentar a sua popularidade, uma teoria da conspiração que também foi ecoada por presidente argentino Javier Milei.

As altas tensões entre os campos de Morales e Arce dentro do MAS este ano levaram a bloqueios de estradas, altercações confrontos físicas entre legisladores e uma dura batalha pela liderança do partido.

Isso também afetou a capacidade do governo de obter financiamento para obras de infraestrutura, uma vez que os confrontos no Congresso atrasaram a aprovação de empréstimos multilaterais.

As consequências do golpe estão “agravando um clima de incerteza política que pesa sobre o sentimento e impede uma resposta política eficaz”, avaliou Martinez.

VISITA DE LULA

A visita do presidente Luis Inácio Lula da Silva à Bolívia foi muito aguardada pelas autoridades locais.

A breve estadia, com Lula chegando na segunda-feira à noite e com retorno previsto para a noite de terça-feira, incluiu uma reunião com Arce que abordou temas como importação de gás, energia, mineração, comércio entre outras questões, segundo os meios de comunicação locais. A delegação de Lula também incluiu um grande número de empresários brasileiros.

Lula reafirmou seu apoio a Arce em meio à tentativa de golpe e disse que a Bolívia demonstrou interesse em ingressar no BRICS.

“A integração física e energética da região envolve necessariamente ambos os nossos países. O compromisso da Bolívia é fundamental para completar o conjunto de rotas que o Brasil batizou de quadrante Rondón”, disse Lula em entrevista coletiva após encontro com Arce, referindo-se às rotas que ligam os estados brasileiros de Acre, Rondônia e Mato Grosso, e se estendem para oeste até Bolívia e Peru.

Lula também destacou os esforços da Bolívia para reativar o projeto de construção de uma ponte binacional sobre o rio Mamoré, bem como o plano de sua própria administração para melhorar a navegabilidade do canal Tamengó, no rio Paraguai, que atravessa Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina.

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