Preços da energia devem continuar altos nos próximos meses
Os preços da energia elétrica no Brasil devem permanecer altos nos próximos meses devido à piora das condições hidrológicas, disseram especialistas locais à BNamericas.
Na última sexta-feira (30), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acionou a bandeira vermelha patamar 2 – o nível mais elevado – para o mês de setembro, com um acréscimo de R$ 7,9 (US$ 1,4) para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
A decisão se deve à previsão de chuvas abaixo da média neste mês, resultando em uma expectativa de afluência nos reservatórios hidrelétricos do país em torno de 50% abaixo da média.
Esse cenário de escassez de chuvas, somado a um mês com temperaturas acima do normal em todo o país, faz com que as termelétricas, com a operação mais cara do que as hidrelétricas, sejam mais utilizadas.
A bandeira vermelha patamar 2 não era acionada desde agosto de 2021. Uma sequência de bandeiras verdes foi iniciada em abril de 2022 e só foi interrompida em julho de 2024, com a bandeira amarela, seguida pela bandeira verde em agosto.
O sistema de bandeiras afeta os consumidores de energia elétrica do mercado regulado, ou seja, aqueles que recebem energia das concessionárias de distribuição. Ele reflete, entre outros fatores, a variação do preço de liquidação das diferenças (PLD), a principal referência do mercado livre.
Para Ingrid Santos, CEO da comercializadora de energia Indra Energia, a bandeira tarifária deve permanecer vermelha nos próximos meses devido à expectativa de acionamento de 80% das térmicas, causada pela seca e as altas temperaturas.
“Esse cenário é agravado no horário de pico, que ocorre no final do dia, quando, com carga ainda elevada, é necessário o despacho das térmicas devido à coincidência da diminuição da geração solar e o início da geração eólica”, disse ela à BNamericas.
Quanto ao mercado livre, os preços devem aumentar se o início da estação chuvosa – que geralmente começa em novembro – atrasar, estimou Santos.
Mayra Guimarães, diretora de regulação e estudos de mercado da consultoria Thymos Energia, acredita que a bandeira vermelha continuará em vigor em outubro.
Para os próximos meses, há uma incerteza relacionada ao início do período úmido.
“Em alguns cenários de melhor afluência, a bandeira voltaria a ser amarela. Provavelmente só veremos bandeira verde novamente em 2025”, disse ela à BNamericas.
Guimarães prevê preços altos no mercado livre até o início de 2025
“Com o solo muito seco, mesmo com a chegada esperada das chuvas, as afluências devem demorar um pouco mais a subir”, completou.
Para Alexandre Nascimento, sócio-diretor e meteorologista da consultoria Nottus, o contexto de alta demanda de energia e queda rápida nos níveis de água nos reservatórios deve levar à necessidade de ativação das usinas térmicas.
No entanto, apesar de o país contar com 20% a menos nos níveis dos reservatórios em comparação com o mesmo período do ano passado, a situação ainda é confortável, segundo ele.
“O risco de desabastecimento é pequeno para os próximos meses, pois os reservatórios do SIN [Sistema Interligado Nacional] ainda seguem em níveis favoráveis em comparação com anos anteriores em que houve essa ameaça”, lembrou Nascimento, em bate-papo com a BNamericas.
NÍVEIS DE ÁGUA
A energia hidrelétrica responde por 53% da capacidade instalada do Brasil, com aproximadamente 109 GW, segundo a Aneel.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os níveis de água no subsistema Sudeste/Centro-Oeste – onde estão localizados os principais reservatórios do país – estão atualmente em 55,6%.
Os níveis dos subsistemas Sul, Nordeste e Norte eram de 65,0%, 55,8% e 79,2%, respectivamente, na tarde desta segunda-feira (2).
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