Qual seria o impacto de um acordo de livre comércio entre China e Mercosul?
Um acordo de livre comércio entre o Mercosul – bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai – e a China poderia gerar um impacto positivo no PIB dos países e também nos investimentos. No entanto, diferenças políticas provavelmente impedirão que tal negociação se materialize.
De acordo com um estudo do Conselho Empresarial Brasil China (CEBC), um acordo de livre comércio geraria um impacto positivo no PIB da Argentina de 2,58% entre 2024 e 2035, um aumento de 1,43% para o Brasil e 2,16% e 3,49% para o Paraguai e Uruguai, respectivamente, enquanto a economia chinesa poderia ter um impulso de 0,07%.
Enquanto isso, o investimento aumentaria 10,77% na Argentina, 7,27% no Brasil, 7,25% no Paraguai e 15,55% no Uruguai.
“A principal mensagem deste estudo é a de que qualquer discussão sobre um eventual acordo de livre comércio entre o Mercosul e a China não deveria se restringir apenas a questões comerciais, mas também abarcar temas como investimentos, tecnologia e criação de cadeias produtivas regionais, em especial as ligadas à transição energética e descarbonização”, afirma o estudo.
Entretanto, diferenças políticas entre os membros do Mercosul tornam um acordo deste tipo com improvável.
“Atualmente, os países do Mercosul têm líderes antagônicos, tendo o governo do Brasil divergências com o governo da Argentina, e também existindo relações distantes com o presidente do Uruguai. Não deveria, mas as divergências políticas acabam contaminando a atividade comercial dos países e principalmente o progresso nos acordos”, comentou à BNamericas José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).
Segundo o CEBC, um acordo de livre comércio resultaria no Brasil tendo um superávit comercial de US$ 1,22 bilhão com a China, mas a Argentina teria um déficit de US$ 4,45 bilhões, o Paraguai um déficit de US$ 290 milhões e o Uruguai um déficit de US$ 658 milhões. No geral, a China teria um superávit comercial de US$ 5,86 bilhões com o Mercosul.
Entretanto, embora tal acordo não seja uma perspectiva de curto prazo, a atual situação econômica da China é um verdadeiro obstáculo para os países latino-americanos.
“Esperamos que o crescimento econômico da China desacelere para cerca de 4,8% em 2024, percentual inferior ao do ano passado, com uma desaceleração adicional para 4,5% em 2025”, disse à BNamericas Shelly Shetty, diretora administrativa e de títulos soberanos para Ásia e Américas na Fitch Ratings.
“A dependência da China de commodities como cobre e petróleo significa que qualquer desaceleração chinesa pode impactar a América Latina, especialmente países dependentes de commodities como o Brasil, que tem laços comerciais significativos com a China”, acrescentou.
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