Quito aprova contrato provisório de manutenção de trens do metrô

O conselho metropolitano de Quito aprovou a concessão de um contrato de manutenção provisória com duração de oito meses para os 18 trens da Linha 1 do metrô da capital equatoriana.

De acordo com o contrato de US$ 1,8 milhão, os reparos serão realizados pela empresa espanhola Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles (CAF), fabricante dos trens, informou o gerente da operadora do metrô de Quito, Juan Carlos Parra, em uma sessão do conselho.

A empresa iniciou em abril o processo de contratação para manutenção dos trens, a partir de uma proposta feita pela companhia espanhola em 2014.

No entanto, a CAF informou que não apresentaria ofertas devido às variações nas condições técnicas e econômicas e no escopo dos serviços desde a proposta inicial.

Em maio, o conselho autorizou a mediação com a empresa para chegar a um acordo. As duas partes reconheceram a variação das condições e decidiram iniciar um novo processo de contratação.

A conclusão do processo de concessão do contrato pode levar cerca de três meses, devido aos procedimentos necessários.

Enquanto a CAF realiza a manutenção, a empresa do metrô de Quito preparará uma licitação para um contrato de manutenção de cinco anos. A companhia espanhola também deve participar desse processo.

Fontes do metrô disseram à BNamericas que o processo seria lançado este ano e o contrato ficaria pronto antes do final dos oito meses de manutenção.

O processo para a realização do contrato de oito meses foi anunciado após diversos representantes do conselho e de outros setores denunciarem que o metrô de Quito não tinha contratos de manutenção. Segundo as denúncias, os trabalhos eram realizados por técnicos da empresa que receberam treinamento por apenas quatro dias.

Segundo informações da empresa responsável pelo metrô, a primeira manutenção completa dos 18 trens deve ser realizada quando eles percorrerem 120.000 km.

Parra afirmou que os trens têm pouco mais de 108.000 km rodados, em média, mas há quatro unidades que já entraram no processo de manutenção.

Especialistas defendem que é necessário promover a manutenção de todos os subsistemas do metrô, ou seja, não só dos trens, mas de poços de ventilação, catenária, túneis, sistema de iluminação, posto de controle central, sistema de sinalização ferroviária, entre outros. Esse trabalho pode demandar cerca de US$ 30 milhões por ano.

O metrô de Quito, que iniciou suas operações comerciais em dezembro do ano passado, exigiu um investimento de US$ 2 bilhões, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), pelo Banco Mundial e pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF).

A operadora do metrô é um consórcio formado pela francesa Transdev e pela colombiana Metro de Medellín.