Raio-x: a capacidade de energia solar e eólica do Brasil

As fontes de energia solar e eólica estão se aproximando de 40% da capacidade instalada total do Brasil, de acordo com uma pesquisa da BNamericas.

Juntas, as fontes renováveis somam 77,5 GW de um total de 204 GW em operação.

A energia solar atingiu recentemente a marca de 46 GW, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Desse total, 31,2 GW correspondem à geração distribuída e 14,9 GW à geração centralizada, que, desde 2012, demandou aproximadamente R$ 80 bilhões (US$ 14,6 bilhões) em investimentos.

“A energia solar é uma das fontes mais competitivas do Brasil. E, por isso, é a que cresce mais rápido, seja nos sistemas de pequeno porte nos telhados e terrenos, seja nas grandes usinas conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN)”, disse Ronaldo Koloszuk, presidente do conselho de administração da Absolar, em um comunicado.

“Quem investe na geração própria fotovoltaica, por exemplo, consegue economizar até 90% na conta de energia. E o retorno é rápido, pois o preço dos módulos caiu mais de 50% no ano passado”, completou Koloszuk.

Hoje, a energia eólica totaliza 31,5 GW, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Conforme a BNamericas mostrou em seu último relatório sobre energia eólica, o setor está enfrentando dinâmicas complicadas de demanda e oferta.

Pela primeira vez desde 2009, o mercado de energia eólica do Brasil deve passar por uma desaceleração. No ano passado, o crescimento foi de 4,8 GW, e em 2024 deve atingir 2,5 GW, um número de crescimento médio semelhante ao de 2020, 2021 e 2022.

“Crescemos muito, quebrando recordes de geração nos últimos três anos. No entanto, hoje vivemos um momento delicado no curto prazo, especialmente para os fabricantes de turbinas eólicas”, disse à BNamericas Elbia Gannoum, presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).