Raio-x: os portfólios da Eletrobras e Âmbar Energia após o acordo de R$ 4,7 bi

A Eletrobras assinou recentemente os contratos de venda dos seus últimos ativos termelétricos em operação.

A compradora foi a Âmbar Energia, que pagou R$ 4,7 bilhões (US$ 870 milhões) por 13 ativos térmicos a gás, incluindo 12 usinas ativas e um projeto para instalar uma usina em Manaus, capital do Amazonas.

Combinados, os 13 ativos têm capacidade instalada de 2,1 GW, informou a Eletrobras em um comunicado recente.

Apenas um dos ativos fica fora do Amazonas: a usina de Santa Cruz, no estado do Rio de Janeiro.

O PLANO DA ELETROBRAS

A venda das térmicas foi anunciada pela Eletrobras em julho de 2023 como parte do seu plano estratégico e com o objetivo de acelerar a migração para uma matriz de geração 100% renovável.

Hoje, o portfólio da holding, privatizada em 2022, é composto por 47 hidrelétricas, totalizando 42,2 GW de potência, e 44 usinas eólicas e solares, que somam 700 MW. A carteira representa cerca de 20% da capacidade instalada do país.

A Eletrobras afirmou que a venda reforçará seu compromisso de mitigar riscos operacionais e financeiros e avançar na otimização de seu portfólio e alocação de capital. “Com esta transação, a Eletrobras acelera o atingimento de sua meta Net Zero 2030”, acrescentou.

RESULTADOS PARA A ÂMBAR

Com a aquisição, a Âmbar Energia ampliou seu portfólio para 4,6 GW.

Antes da transação, a empresa contava com 27 unidades de geração de energia de diversas fontes: 5 usinas termelétricas, 16 hidrelétricas, 5 centrais fotovoltaicas e uma a biogás, além de 102 microusinas fotovoltaicas em telhados.

Em nota, a Âmbar destacou que as térmicas adquiridas no Amazonas são fundamentais para o abastecimento da região, enquanto a usina do Rio de Janeiro está em um dos maiores centros consumidores do país.

“A entrada nesses dois novos estados colabora para a diversificação geográfica da Âmbar”, destacou a companhia.

Outras aquisições da empresa incluem a compra, no mês passado, da usina de cogeração Lages, em Santa Catarina, da Engie, e da termelétrica de Araucária, em dezembro, da Copel.