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Regulamentação interrompe avanço do armazenamento de combustíveis no México, diz especialista
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O investimento na infraestrutura de armazenamento de combustível do México passou por uma desaceleração depois de uma importante mudança regulatória.
O especialista no mercado de combustível Alejandro Montufar Helu Jiménez disse à BNamericas que grandes projetos, como a implantação de US$ 1 bilhão da Valero em infraestrutura de mercado de combustível, estão acabados por enquanto.
“Não acho que haverá outros além dos da Valero”, afirmou Montufar em entrevista.
O ambicioso projeto da refinaria norte-americana, tornado público em 2021, tentava dobrar sua capacidade de armazenamento de combustível no México para 5,8 Bb (bilhões de barris), para alimentar sua rede própria de postos.
Também abriu espaço para potencialmente sublocar o armazenamento não utilizado, uma prática conhecida localmente como venda de “bilhetes” de armazenamento a outros players privados que precisem comprovar o requisito de capacidade mínima de armazenamento de combustíveis estabelecido pelo Estado.
Esse projeto envolveu parceiros como a Ferromex desenvolvendo uma rede ferroviária para entrega, o Grupo México construindo um polo em Monterrey e a Mexplus construindo um terminal em Altamira, no estado de Tamaulipas, entre projetos menores planejados para Aguascalientes, Saltillo e Guadalajara.
Um estudo de fevereiro de 2020 realizado pelo serviço de informações de preços de petróleo OPIS, uma subsidiária da IHS Markit, relatou que pelo menos 10 projetos privados de armazenamento de hidrocarbonetos, além dos da Valero, estavam em andamento, com cinco deles monitorados pelo banco de dados de projetos da BNamericas com capex acima de US$ 100 milhões.
Mas, segundo Montufar, esse projeto vinha sendo construído há anos sob o pretexto de um requisito de armazenamento de 10 dias nas distribuidoras de combustível com a Valero.
Agora, com o nível definido para cinco dias, a empresa pode até enfrentar um excesso de armazenamento quando as obras estiverem concluídas.
“Houve uma explosão de investimentos impulsionados pelo governo”, acrescentou.
Até as reformas estruturais em 2013-2014, a marca estatal Pemex detinha o monopólio. Mas, com os primeiros postos privados em 75 anos abrindo em junho de 2016, o mercado explodiu. Alguns analistas no início de 2020 consideravam que os privados superavam a Pemex em participação de mercado.
Isso contrariava o objetivo do presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO) de que a Pemex e a estatal CFE fossem restauradas como os principais players do mercado e, com a Covid-19 como justificativa, o regulador federal de energia CRE logo iniciou uma desaceleração nas aprovações de licenças privadas.
Embora a CRE tenha começado a remover o entrave das aprovações atrasadas do mercado privado de combustíveis, a indústria já está reclamando de negações de licenças gerais.
A mudança na gestão AMLO reduziu de dez para cinco dias a exigência de demonstração de capacidade de armazenamento das distribuidoras de combustíveis, alegando que a mudança seria necessária para “atender às circunstâncias atuais”, sem detalhar quais eram elas.
De acordo com Montufar, a decisão de 2019 da Secretaria de Energia de reduzir o número de dias de capacidade de reserva foi mantida apesar do “feedback negativo da indústria, que dizia que ela prejudicaria o investimento”.
“Muitos projetos surgiram da obrigação de maior capacidade de armazenamento”, disse Montufar, mas, como mostra um novo estudo de sua empresa de pesquisa de mercado de combustíveis Petrointelligence, “temos capacidade mais do que suficiente para cumprir a obrigação”.
Os gráficos a seguir, criados para a BNamericas pelo chefe de análises econômicas da Petrointelligence, Roberto Galindo, mostram como os players privados e a rede da petroleira nacional Pemex têm armazenamento mais do que suficiente para cinco dias, e como um requisito de 10 dias poderia impulsionar os investimentos.
Fonte: Petrointelligence, Roberto Galindo
Fonte: Petrointelligence
Embora a capacidade de armazenamento da Pemex e dos players privados combinada seja suficiente para atender ao requisito, a Pemex é impedida de vender “bilhetes” próprios.
Assim, os players privados são totalmente dependentes da infraestrutura privada.
Esse, de acordo com Montufar, foi o fator determinante para o boom de projetos de armazenamento de 2020-2021, já que a capacidade de armazenamento privado disponível já estava se aproximando da exigência de 10 dias, com a demanda de combustível aumentando nos anos seguintes.
As empresas privadas se adaptaram rápido, acrescentou ele, com players como a Mobil se tornando participantes ativos na venda de “bilhetes”, mas a necessidade dessa atividade agora parece diminuir, à medida que os projetos de armazenamento já em andamento chegam à conclusão.
Olhando para o futuro, ninguém sabe se ou quando o México vai redefinir o requisito mais alto, mas os benefícios dessa mudança iriam além do investimento.
“Levando em conta as melhores práticas internacionais, o requisito deve ser maior”, avaliou Montufar. “Aumentá-lo para 10 dias seria benéfico para a segurança energética do México.”
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