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Retomada da construção naval já acontece, mas em passos mais lentos que o esperado, diz fonte

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Retomada da construção naval já acontece, mas em passos mais lentos que o esperado, diz fonte

A retomada da indústria de construção naval brasileira já está em curso, embora em passos mais lentos que o esperado, disse à BNamericas uma fonte da indústria naval, sob condição de anonimato.

No caso da construção offshore, os estaleiros nacionais ainda dependem do lançamento de novas licitações de módulos de FPSO da Petrobras, mas a quantidade de equipamentos em construção já é maior do que em governos passados, destacou a fonte.

A avaliação de que a retomada ocorre em um ritmo aquém do esperado condiz com a percepção de alguns setores do governo federal e de sindicatos de petroleiros, como a FUP, que deixaram de apoiar Jean Paul Prates, contribuindo para sua demissão do cargo de presidente da Petrobras em maio.

Uma das orientações dadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à nova CEO da estatal, Magda Chambriard, é que as encomendas a estaleiros brasileiros sejam aceleradas.

“Precisamos de mais contratos porque existem vários estaleiros com condições de executar esse fornecimento, mesmo sem alterações nas regras de conteúdo local em vigor. Se as mudanças nas regras vierem, o processo vai se acelerar e o segmento offshore vai progredir”, disse a fonte.

Na última terça-feira (4), o Sinaval, que representa os estaleiros brasileiros, publicou uma nota afirmando sua posição contrária a uma emenda sobre conteúdo local na indústria de petróleo e gás incluída no projeto de lei que estabelece o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover).

A emenda foi excluída do projeto na noite de ontem, durante votação no Senado.

A manifestação contrária ao texto da emenda se deu por ela favorecer os equipamentos em detrimento dos serviços, beneficiando fornecedores e prejudicando os estaleiros.

Mas há outros obstáculos além da necessidade de mudança nas regras de conteúdo local, como a questão das garantias financeiras para a construção de navios e plataformas, que está sendo discutida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) com o auxílio da frente parlamentar em defesa da indústria naval.

A Petrobras também tem analisado o assunto internamente e discutido com setores do governo, inclusive com o Fundo de Marinha Mercante (FMM), que já aprovou a prioridade de financiamento para a construção dos dois FPSOs (SEAP I e II) que serão instalados pela estatal em águas profundas da bacia de Sergipe-Alagoas.

Em paralelo, a petroleira vem fomentando parcerias entre estaleiros brasileiros e estrangeiros para trazer parte da construção de FPSOs para o país.

A expectativa da indústria é que as negociações levem ao estabelecimento de uma política de Estado para o setor de construção naval offshore.

“Quanto ao conteúdo local, acreditamos que haverá evolução nas regras e que percentuais maiores e mais adequados serão adotados progressivamente”, observou a fonte.

Os estaleiros também aguardam com expectativa o lançamento e a conclusão das licitações para contratação de embarcações de apoio marítimo e navios para a Transpetro, subsidiária de logística da Petrobras.

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