Uruguai
Análise

Um congresso dividido aguarda o próximo presidente do Uruguai

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Um congresso dividido aguarda o próximo presidente do Uruguai

O próximo presidente do Uruguai enfrentará restrições no Congresso, independentemente do resultado do segundo turno de 24 de novembro entre Yamandú Orsi e Álvaro Delgado.

Orsi, da aliança de esquerda Frente Ampla, obteve 46,2% dos votos no primeiro turno, em 27 de outubro, enquanto Delgado, do Partido Nacional – mais alinhado à direita –, ficou em segundo lugar, com 28,2%.

A Frente Ampla emergiu com maioria no Senado, conquistando 16 cadeiras de 30, três a mais que em 2019. Os outros grupos na casa são o Partido Nacional, com 9 cadeiras – uma a menos que há cinco anos – e o Partido Colorado, com 5, que ganhou uma em comparação à eleição anterior.

A composição da Câmara é mais fragmentada, com a Frente Ampla conquistando 48 cadeiras, seis a mais que na eleição anterior, mas duas a menos que as 50 necessárias para a maioria.

Já as cadeiras conquistadas pela coalizão “multicolorida” – composta pelos partidos Nacional, Colorado, Independente e Cabildo Abierto – caíram de 56 para 49, mas seguem sendo a maior força.

Um novo participante é o grupo antiglobalização Identidad Soberana, que ganhou duas cadeiras na Câmara e tem sido altamente crítico de ambas as principais facções desde sua fundação, em 2022, alegando que a soberania do país está sendo violada por interesses internacionais. O grupo também nega as mudanças climáticas causadas pelo homem, se opôs às vacinas obrigatórias contra a Covid-19 e propõe a abolição da violência de gênero e das leis para o aborto.

Se Delgado vencer no segundo turno, ele terá que negociar com a Frente Ampla para aprovar leis no Senado.

Por outro lado, Orsi poderia negociar com cada um dos partidos da coalizão multicolorida separadamente, o que lhe daria a chance de aprovar projetos de lei na Câmara sem lidar com o bloco todo.

A coalizão governante não tem sido imune a rixas internas. O presidente Luis Lacalle Pou admitiu que sua reforma previdenciária, que entre outros aspectos aumentou a idade de aposentadoria de 60 para 65, foi significativamente diluída devido a divisões dentro do bloco no governo.

Ambos os principais candidatos concordam sobre a necessidade de abordar o déficit fiscal do país, que atingiu 4,3% do PIB em agosto, de acordo com dados do Ministério da Economia e Finanças.

O programa de Delgado promete que ele não imporá novos impostos, optando, em vez disso, por reduzir o número de funcionários no setor público em 15 mil, além de controlar os gastos públicos, impulsionar o comércio exterior e reduzir os prazos de aprovação de projetos de investimento.

Orsi, por sua vez, disse que não tentará impor novos impostos “desnecessários”, embora se espere que ele aumente as taxas sobre rendas mais altas como um gesto para sua base.

Outros aspectos de seu programa incluem impulsionar o emprego entre os jovens, reativar um projeto de barragem para Montevidéu que foi descartado pelo atual governo, promover a eletromobilidade, desenvolver parques tecnológicos e reduzir a burocracia.

O novo presidente toma posse em 1º de março.

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