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A empresa independente que está agitando o mercado de gás natural da Colômbia

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A empresa independente que está agitando o mercado de gás natural da Colômbia

A NG Energy International, listada na bolsa de valores de Toronto, planeja aumentar a produção de gás natural de suas operações na Colômbia para mais de 130 MMf³/d (milhões de pés cúbicos por dia) dentro de 18 meses, acima do nível atual de cerca de 20 MMf³/d. 

Jorge Fonseca, diretor financeiro da empresa, contou à BNamericas por que a empresa está otimista com suas perspectivas de crescimento na Colômbia e como pretende apresentar uma solução para a iminente crise no fornecimento de gás do país. 

Esta é a primeira parte de uma entrevista dividida em duas.

BNamericas: Você pode falar um pouco sobre a trajetória de crescimento da NG Energy até o momento e os principais projetos da empresa?

Fonseca: A NG é uma empresa de capital aberto em Toronto, listada na TSX Venture Exchange. O portfólio da empresa consiste atualmente em três campos na Colômbia. Um deles é Tiburón, em La Guajira, que é um depósito exploratório pura na mesma tendência de La Perla, na Venezuela, propriedade da Repsol. La Perla já teve até 17 trilhões de pés cúbicos [Tf³] de gás e atualmente produz 580 MMf³/d de gás.

Além disso, há os campos Chuchupa e Ballena, que são os dois principais produtores de gás da Colômbia. Tiburón está posicionado no meio dessas três prolíficas regiões produtoras de gás e, por isso, acreditamos que seja um ativo com um grande potencial. No entanto, fica em La Guajira, que pode ser uma área complicada do ponto de vista socioambiental.

Sabemos disso por experiência própria, porque nosso segundo campo é María Conchita, que também está localizado em La Guajira, a 45 minutos de carro de Riohacha, capital do departamento. Em María Conchita, já estamos produzindo perto de 20 MMf³/d. Produzimos a partir de dois poços, Aruchara-1 e Aruchara-3, que estão conectados a uma instalação de processamento de 20 MMf³/d e a um gasoduto de conexão da linha de transporte nacional TGI, que atende os mercados do norte e do sul da Colômbia.

BNamericas: Temos ouvido muito sobre os planos da empresa para María Conchita. O que está previsto para o projeto?

Fonseca: Estamos muito animados com María Conchita, onde estamos no processo de avaliação de uma potencial expansão da infraestrutura, que permitirá um aumento na capacidade de 20 MMf³/d para 30 MMf³/d. No primeiro trimestre do ano que vem, vamos perfurar Aruchara-4 para manter os níveis mais elevados de produção do campo. Temos todas as licenças e aprovações de perfuração necessárias concedidas pela ANH [Agência Nacional de Hidrocarbonetos] e esperamos perfurar este poço após o sucesso de Aruchara- 3. Estamos muito felizes com o progresso de María Conchita, que pode superar as nossas expectativas com seu potencial de crescimento. Há um ano, produzíamos 5 MMf³/d e agora estamos a caminho de 30 MMf³/d.

BNamericas: E a área Sinu-9?

Fonseca: Sinu-9 é a nossa “joia da coroa”. Está localizado no departamento de Córdoba, a uma hora de carro de Montería. Em Sinu-9 temos dois poços, Brujo e Mágico, e estamos a semanas de concluir um grande projeto de infraestrutura, que ligará esses poços ao [polo de gás] Jobo e ao gasoduto Promigas.

A partir de Sinu-9, teremos uma capacidade inicial de até 30 MMf³/d, com 10 MMf³/d adicionais entrando em operação dentro de três meses. Isso elevará a produção total da nossa empresa para 50 MMf³/d. Três meses depois, esse valor aumentará novamente para 60 MMf³/d. Com um aumento de María Conchita no primeiro trimestre do ano que vem, a produção total da empresa subirá para 70 MMf³/d. Acredito que isso nos tornará uma empresa muito importante na Colômbia.

BNamericas: Ainda mais agora que a Colômbia enfrenta um déficit iminente de gás, à medida que a demanda se aproxima da oferta disponível….

Fonseca: A demanda de gás da Colômbia é de cerca de 1 Bf³/d, então, quando você produz 70 milhões, já tem 7% da produção do país. A Ecopetrol e o Ministério de Minas e Energia afirmaram que a oferta está diminuindo. Chuchupa e Ballena produzem há mais de 20 anos. E são campos maduros, então nada pode ser feito por lá. Parece que haverá uma diferença de cerca de 400 MMf³/d entre a oferta e a demanda nos próximos anos.

Acredito que a NG é provavelmente a única boa notícia na indústria no momento. Somos os únicos que podemos colocar gás novo no mercado nos próximos 36 meses e ajudar a mitigar o problema de abastecimento e preços elevados.

BNamericas: Você pode falar sobre os planos da NG em médio prazo?

Fonseca: O que descrevi até agora é apenas a primeira fase, que é de 20 MMf³/d de María Conchita, com um aumento para 30 MMf³/d esperado com a expansão das instalações de processamento no primeiro trimestre e 40 MMf³/d entrando em operação a partir de Sinu-9. Esperamos a produção inicial de 10 MMf³/d de Sinu-9 já em 15 de agosto deste ano, com capacidade adicional de transporte de 10 MMf³/d entrando em operação nos próximos três meses. Vamos perfurar o poço Hechicero em 2025 para apoiar a produção da primeira fase de Sinu-9.

Neste momento, estamos negociando o que chamamos de fase dois, na qual buscaremos uma empreiteira para a construção de outros dois gasodutos um pouco mais a norte do projeto atual de infraestrutura em Sinu-9. Esses dois dutos transportarão até 40 MMf³/d cada, totalizando até 80 MMf³/d de capacidade adicional. No ano que vem, para atender à capacidade da fase dois, de 120 MMf³/d, do Sinu-9, a empresa planeja perfurar no mínimo três poços.

BNamericas: Esses dutos irão até Jobo?

Fonseca: Sim, tudo irá até Jobo. E isso levará a empresa de 60 MMf³/d na fase um para 130 MMf³/d na fase dois, arredondando. Esse é o nosso plano para a fase dois, e esse é o nosso plano para o final de 2025. Portanto, nos próximos 18 meses, a empresa planeja produzir pelo menos 130 MMf³/d. Temos consciência da grandeza da tarefa, mas, com excelentes relações no país, grandes parceiros e trabalho árduo contínuo, estamos confiantes de que atingiremos esse objetivo.

BNamericas: Então, se tudo correr conforme o planejado, a taxa de produção de saída da NG em 2024 poderia ultrapassar a meta anunciada antes pela empresa de 45 MMf³/d?

Fonseca: Sim. Estamos produzindo perto de 20 MMf³/d agora e estamos a semanas de liberar a produção adicional de Sinu-9, que chegará a 40 MMf³/d. Começará com 10 MMf³/d em agosto e atingirá 40 MMf³/d nos meses seguintes. Divulgamos o guidance de 45 MMf³/d para o mercado em 2024, mas estou confiante de que podemos superar esse número.

BNamericas: Soubemos que houve alguns problemas que causaram atrasos no projeto de infraestrutura de Sinu-9. A empresa já superou esses desafios?

Fonseca: Sim, o plano é que o projeto esteja pronto para o comissionamento no dia 15 de agosto. Estamos trabalhando com dois provedores de serviços principais para construir a infraestrutura. Neste momento, o duto está 98% concluído. Essa é a parte mais crítica do nosso projeto de infraestrutura, que envolve atravessar fazendas e propriedades privadas, trabalhando com as comunidades locais e os moradores da região. Registramos alguns pequenos atrasos nesse aspecto. O envolvimento das comunidades é uma prioridade máxima para a empresa. Queremos garantir um impacto positivo e duradouro nas comunidades dos nossos projetos e estamos empenhados em fazer a diferença.

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