A visão da Microsoft sobre o impacto da IA na América Latina
A inteligência artificial (IA) foi o tema mais discutido na Cúpula de CEOs de 2024 da Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico). Vários setores planejam incorporar cada vez mais ferramentas devido ao seu alcance e simplificação de processos.
As grandes empresas de tecnologia têm se esforçado para comunicar as ferramentas já disponíveis e, principalmente, crescer no setor de médio e pequeno porte.
A BNamericas conversou com Fernando Lopez Iervasi, presidente da Microsoft para a América do Sul de língua espanhola, sobre o avanço da IA generativa, seu nível de penetração no mercado e adaptação tecnológica na América do Sul.
BNamericas: Qual a importância de ter participado da Apec?
López: Estamos perante o surgimento de uma tecnologia de propósito generalista – a IA generativa – e é importante compreender e divulgar o seu alcance porque isto pode criar uma nova economia.
BNamericas: O que é uma tecnologia generalista?
López: Uma tecnologia de propósito generalista – surgimento da Internet, da imprensa e da eletricidade – é aquela que permite a criação de novas ideias (inovações) que afetam como vivemos e tem impacto na cadeia produtiva.
Por outro lado, quando falamos de uma nova economia, falamos da produção de chips e do poder computacional para fazer com que isso funcione e seja mantido. No caso da Microsoft, a empresa anunciou os resultados do último trimestre com investimento de US$ 20 bilhões só nesse período.
Finalmente, a nova economia também vem com uma maior adesão dos usuários, e já estamos vendo milhões de pessoas começarem a utilizar ferramentas digitais como o ChatGPT. Há maior produtividade, maior precisão na geração de informações e isso é só o começo. O desafio é que ele seja usado globalmente.
BNamericas: Como vocês esperam que cresça? Quais as influências?
López: As primeiras novidades do ChatGPT foram no final de 2022, depois passou um ano comunicando [os benefícios], e este 2024 é o que chamamos de ano da implantação. Isto significa que os usuários começarão a utilizar a tecnologia já criada.
A primeira onda foram os chatbots inteligentes. A segunda onda que está chegando é a de agentes – temos o Copilot – que podem variar desde agentes pessoais até agentes que podem resolver questões específicas de processos ou organizações.
Outro fator que permitirá uma maior adoção é que as barreiras de acesso caíram abruptamente, bem como os custos. Os custos da tecnologia caem pela metade a cada seis meses e, em alguns casos, até 90%. Isto influenciará seriamente todos a tirar vantagem disso, e as barreiras continuarão a cair durante 2025.
BNamericas: Como se nota esta adaptação a nível empresarial?
López: No início do ano, 55% das empresas – com base em um estudo global que considera médias e grandes empresas com mais de 1.000 funcionários – incorporaram inteligência artificial generativa em algum processo. Esse mesmo número, nove meses depois, era de 75%. Convido todos os empreendedores a colocarem na sua agenda a incorporação da inteligência artificial generativa.
BNamericas: E como ela está se ajustando no mercado latino-americano?
López: Para cada dólar investido em IA há um retorno de US$ 3,7, globalmente. Para a América Latina, o retorno é menor (US$ 2,8) – embora esteja abaixo da média global, o número ainda é elevado.
Deve-se notar que os projetos de IA têm prazos de implementação e reembolsos mais curtos. 50% dos projetos são implementados em menos de 6 meses, e o período de reembolso começa a partir do 13º mês.
BNamericas: Vocês esperam que uma melhora nos números fique mais próxima da média?
López: É incerto, mas atualmente o problema não vem da criação de novas tecnologias, mas da sua adoção. Toda a indústria investiu antes da curva de demanda, e agora todos procuram comunicar os benefícios. Por enquanto, é mais importante que as empresas saibam que a implementação e o reembolso ocorrem num curto período.
BNamericas: O que a Microsoft está fazendo para acompanhar esta adaptação?
López: As grandes empresas têm equipes e contatos dedicados – não há problemas aí. O desafio está nas médias e pequenas empresas, que são a grande base das empresas da região. Para isso, contamos com um ecossistema de 15 mil parceiros estratégicos na América do Sul e investimos para que eles possam ir mais longe.
BNamericas: No nível latino-americano, hoje quais são as principais diferenças em relação à adaptação tecnológica?
López: Existem diferenças entre os setores público e privado. No caso do primeiro, a Colômbia é o país mais avançado em termos de modernização do Estado, serviços ao cidadão e adaptação tecnológica. O Peru segue com bom nível de adoção, enquanto no Chile e na Argentina ainda há oportunidades.
Por outro lado, no setor privado o tabuleiro é mais equilibrado, e depende muito das indústrias locais. Quando se olha para o setor financeiro, o Peru está na vanguarda – o caso do Grupo Credicorp com a Yape é de classe mundial.
BNamericas: Vocês fecharam acordo com o Banco de Crédito del Perú (BCP) por 2,5 bilhões de soles [mais de US$ 650 mi] para melhorar a infraestrutura tecnológica. Outras alianças estão chegando?
López: Temos acordos com vários países da região. No caso do BCP, o acordo consistiu na modernização da infraestrutura e dos serviços de atendimento ao cliente. A Microsoft atua em quatro categorias: atendimento ao cliente final, melhoria dos ciclos de produção dos funcionários, melhorias nas operações e serviços e desenvolvimento de novas linhas de produtos.
Os quatro pilares não mudaram com a revolução tecnológica, mas as formas e tempos de resposta mudaram.
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