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Argentina Iplan se reestrutura para alavancar crescimento

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Argentina Iplan se reestrutura para alavancar crescimento

O lançamento da empresa de consultoria em tecnologia de inteligência artificial Restart é apenas o primeiro passo da transformação da argentina Iplan em uma holding que cobre os segmentos tradicionais de serviços empresariais e residenciais, fibra ótica atacadista e consultoria tecnológica.

A empresa está a avaliar o crescimento de maneira inorgânica, tanto com a aquisição de empresas quanto com a abertura ao capital externo. O modelo de crescimento dependerá do tipo de negócio envolvido.

“Com o crescimento inorgânico, o processo é muito diferente em uma consultoria de tecnologia e em uma empresa de infraestrutura”, disse à BNamericas o CEO da companhia, Damián Maldini.

Na entrevista a seguir, Maldini falou sobre a reestruturação da Iplan e seus planos de crescimento para os negócios de consultoria tecnológica, inteligência artificial e fibra ótica.

BNamericas: A Iplan lançou recentemente uma nova empresa de inteligência artificial (IA), do que se trata ela?

Maldini: A Iplan passou por um processo de crescimento e mudança em nível organizacional e de acionistas no último ano, e isso nos permitiu lançar alguns projetos internos como esse, que é um spin-off de uma parte que já vínhamos fazendo na Iplan.

A ideia da Restart é ser uma consultoria tecnológica focada na implementação de projetos de inteligência artificial.

Os projetos de IA partem da lógica tradicional de análise funcional de uma consultoria, passam pela normalização e padronização de processos, pela automação e depois chegam aos projetos de IA.

Nossos clientes-alvo são empresas de médio e grande porte, empresas do mesmo porte que o nosso, aproximadamente, com 1.000 a 2.000 funcionários. Temos alguns projetos com empresas maiores, mas são coisas menores, em que temos algum grau de especialização.

Então, a Iplan passa a ser um grupo de empresas. Temos uma empresa que é uma consultoria de tecnologia e outra que é uma empresa de infraestrutura de fibra ótica. Essa é a empresa que estabelecemos como atacadista de fibra na Argentina e que fornece portas de rede em Buenos Aires, Córdoba e Rosário para outras operadoras de conectividade. E a terceira é a empresa de serviços tradicional, aquela que todo mundo já conhece, que tem uma unidade de negócios corporativa e uma unidade de negócios residencial.

Essa é a grande mudança para a Iplan.

BNamericas: Vocês vão incorporar capital externo em alguma dessas empresas?

Maldini: A forma de crescimento [de cada uma das empresas] é diferente. Com o crescimento inorgânico, o processo é muito diferente em uma consultoria de tecnologia e em uma empresa de infraestrutura.

Para a empresa de tecnologia o crescimento pode ser a aquisição de uma companhia com algum tipo de especialização, porém, para uma empresa de infraestrutura pode ser a associação a um fundo de investimento, enquanto para uma empresa de serviços pode ser a aquisição de um provedor de serviços de internet. 

BNamericas: Vocês já identificaram oportunidades?

Maldini: Estamos trabalhando nisso. Por isso, para darmos esses passos, precisamos de uma reestruturação organizacional.

BNamericas: É necessário financiamento para este crescimento inorgânico. Como está a situação nesse sentido?

Maldini: Se as condições macroeconômicas continuarem no caminho que iniciaram, as condições de financiamento começarão a aparecer.

Hoje, [os empréstimos bancários] começaram a aparecer, as condições ainda não são boas, mas os bancos já estão se organizando para avaliar projetos de investimento. Há um ano, esta estrutura organizacional nem existia.

Hoje, existem situações que nos permitiriam vislumbrar algumas possibilidades para o ano que vem.

Em alguns casos, temos financiamento próprio. Os próprios acionistas da Iplan estão dispostos a fazer algumas coisas.

BNamericas: Quais são os planos para a empresa de IA?

Maldini: Temos planos para um projeto regional. O projeto inclui Peru, Colômbia e México. E vem acompanhado da necessidade que os fornecedores têm de ter um parceiro que preste alguns serviços nesses países.

No primeiro trimestre do ano que vem, teremos um país, que ainda não definimos se será Peru ou Colômbia. E no segundo trimestre teremos o outro. Depende muito mais das necessidades dos clientes do que das nossas. Estamos aguardando o sinal verde para a implementação de alguns projetos para podermos acompanhá-los. E, nesse processo, abriríamos as operações em cada país.

BNamericas: Vocês vão contratar equipes no exterior?

Maldini: É uma combinação. Há funções que podem ser realizadas na Argentina e outras em outros lugares. Com o trabalho remoto, os especialistas podem ser distribuídos por toda a região. Ainda não temos uma estratégia clara. Isso dependerá também das estratégias de expansão inorgânica, se adquirirmos uma empresa com determinado tipo de perfil tecnológico ou especialização...

Devido à nossa origem, temos muitas operações na Argentina. Começamos com 30 pessoas e estamos recrutando. Três ou quatro pessoas entram toda semana. São mais de 300 pessoas que devem ser incorporadas nos próximos dois anos.

BNamericas: E como está o negócio de infraestrutura?

Maldini: Temos uma rede que atinge quase 1 milhão de residências, e, entre elas, 300.000 estão em condições de oferecer serviços de infraestrutura a outras operadoras.

Nosso objetivo é que dentro de dois anos toda a rede da Iplan esteja disponível para todas as operadoras.

O crescimento geográfico que estimamos é de cerca de 10%, mas o crescimento operacional real para transformá-la em uma rede de infraestrutura compartilhada será de 4 a 5 vezes. Estamos apostando todas as fichas.

Agora, temos um ritmo de quase 50.000 casas por mês para ter todos os sistemas e a infraestrutura prontos para serem compartilhados por várias operadoras.

BNamericas: Quais são as mudanças necessárias na rede?

Maldini: A rede requer uma mudança tecnológica, de capacidade e infraestrutura específica para poder oferecer o serviço e para que várias operadoras possam intervir no mesmo ponto da rede.

A verdade é que o projeto da fibra está crescendo. Movistar e DirecTV [clientes da rede atacadista] estão crescendo bem.

Também estamos expandindo nossos clientes do serviço da Iplan.

BNamericas: Quantos clientes vocês têm no segmento de fibra atacadista?

Maldini: Quatro, contando a Iplan. E temos cerca de 150.000 portas conectadas a essa rede, ou seja, links que prestam serviço a um cliente final.

BNamericas: Qual é o investimento para essa adaptação da rede?

Maldini: Cerca de US$ 30 milhões por ano.

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