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As prioridades da Caxxor em 2023 para o corredor USMCA, de US$ 3,3 bi

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As prioridades da Caxxor em 2023 para o corredor USMCA, de US$ 3,3 bi

O Grupo Caxxor, responsável pelo projeto de US$ 3,3 bilhões denominado corredor ferroviário USMCA, pretende iniciar as obras ainda este ano.

O corredor que ligará o estado mexicano de Sinaloa com a cidade canadense de Winnipeg no Canadá através dos EUA exigirá a construção em etapas de um novo porto flutuante no estado de Sinaloa, além de uma ferrovia de 180 km entre Durango e Mazatlán, dois parques industriais no estado de Coahuila e outros dois no estado de Durango.

Nesta entrevista, Carlos Ortiz, CEO do grupo mexicano, conta à BNamericas que os líderes dos três países têm demonstrado grande interesse no projeto e dá uma atualização sobre seu andamento, além das metas para 2023.

BNamericas: Qual é a situação do corredor USMCA?

Ortiz: Fazendo um resumo, começamos esse projeto em 2021 e o que aconteceu no ano passado foi que de alguma forma iniciamos com a parte burocrática. Em 2021 conseguimos os juros do investimento. Então, colocamos 100% do dinheiro para o desenvolvimento. Essa foi a primeira coisa que conseguimos quando foi lançado.

Em 2022 buscamos a viabilidade do projeto. Mais ou menos em fevereiro do ano passado recebemos a carta [da Secretaria das Infraestruturas, Comunicações e Transportes, SICT] dizendo haver viabilidade para construir a ferrovia.

Em maio, já conseguimos o terreno para todo o desenvolvimento do porto. Em junho, apresentamos o projeto à Secretaria da Marinha [Semar] e eles nos deram um pouco de luz verde para seguir. Agora, nos últimos meses, temos trabalhado muito na parte ambiental, toda essa parte da concessão em marítimo, terrestre, zona federal etc., que é o que mais toma tempo.

Este ano esperamos começar o trabalho físico. É incrível, mas a coisa mais desafiadora sobre o projeto é o que acontece antes de você poder ir começar as operações, alinhar tudo isso, todas as licenças, obter todas as concessões etc. Isto é o que tem o maior mérito no projeto e, uma vez que você consegue, pode começar a construção de uma forma muito eficiente.

O que vamos também começar esse ano é a parte comercial. No final das contas, nosso único papel é como desenvolvedores do projeto.

Nosso objetivo sempre foi tirar esse projeto do papel antes que haja uma mudança na administração, porque [se isto acontecesse] seria como voltar ao começo. Então mantemos o prazo. Até o final deste ano, o projeto deve estar praticamente em construção, com todas as licenças e uma parte comercial já resolvida.

BNamericas: Quem seria o operador?

Ortiz: Para a parte operacional, seriam as operadoras que já estão no mercado e têm muitos anos de experiência nisso. É algo que no final do dia será disputado entre vários operadores para ver qual poderá o mais adequado.

A incorporadora é a Caxxor, mas tem uma empresa chamada Corredor T-MEC, que é a que tem – digamos – todas estas estruturas. Há a Ferrovia Durango-Sinaloa, que é quem está solicitando a parte da concessão, e o Terminal Marítimo de Sinaloa, que é quem vai solicitar a concessão e a que detém o terreno.

BNamericas: O que aconteceu desde agosto, quando a Caxxor anunciou a contratação da empresa texana Aecom como gerente de projetos responsável pela contratação?

Ortiz: Ainda não fechamos totalmente [o contrato]. Tivemos a abordagem de outros gerentes de projeto para revisar qual seria o mecanismo para todos esses contratos. Acredito que lá pelo meio do ano as empresas já estarão totalmente definidas. Acredito também que até o mês de abril estaremos abrindo a parte comercial e muito mais se saberá sobre o projeto: os lotes, os terrenos, as empresas que irão participar etc. E mais ou menos em junho serão conhecidas as construtoras, as peças que já entrarão na parte forte da construção.

BNamericas: Qual será a evolução do projeto em um ano?

Ortiz: Por enquanto, tudo o que é permitido, concedido etc., e toda a parte legal já estará completa, [assim como as] questões ambientais. Será um projeto pronto para construir em todos os aspectos. Isto tem que acontecer de qualquer jeito antes do final deste ano e já mostrando progresso no trabalho físico, talvez ainda em um estágio inicial.

BNamericas: A Caxxor já se reuniu com vários players dos EUA e do México, mas quem ainda não se juntou ao projeto e quem já o aprovou?

Ortiz: Noto muito interesse do governo dos EUA. Tivemos várias reuniões em Washington, por exemplo. Creio ser um projeto estratégico para eles. Estive com o embaixador [dos EUA no México, Ken Salazar] e o vi muito animado. É um projeto transformador para o país e para a América do Norte.

Também vejo o governo do Canadá como altamente comprometido. Quanto ao governo mexicano [por meio da SICT], posso dizer que eles estão totalmente preparados para que isso seja alcançado. Sei que o presidente [Andrés Manuel López Obrador] dá todo o seu apoio a este projeto, e o secretário da Marinha [José Rafael Ojeda Durán] também foi muito aberto a respeito.

Não conversamos com todas as áreas envolvidas, falta apenas Marcelo Ebrard [secretário de Relações Exteriores], quem começamos a buscar somente depois da reunião com o embaixador. Acreditamos ser importante envolver mais a Secretaria das Relações Exteriores. A Secretaria da Fazenda também tem fomentado muito o projeto e, bem, é uma infraestrutura que pode mudar grande parte da forma como a logística é feita em nosso país. A ligação com os EUA é fundamental.

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