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Ataques às instituições brasileiras fortalecerão as forças democráticas

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Ataques às instituições brasileiras fortalecerão as forças democráticas

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, sairá fortalecido dos eventos de 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro atacaram instituições fundamentais do Estado pedindo um golpe militar.

Lula também recebeu muito apoio internacional depois do ocorrido, além disso, a sociedade condenou amplamente os ataques.

Carlos Melo, professor de ciência política da escola de negócios paulista Insper, fala com a BNamericas sobre o que vai acontecer agora.

BNamericas: Como os ataques físicos a instituições estatais em Brasília transformarão a extrema direita?

Melo: Na minha visão, os movimentos de extrema direita no Brasil tendem a perder espaço.

É evidente que esses movimentos passaram do ponto no domingo, promovendo cenas chocantes, lamentáveis e de verdadeira barbárie, atacando os prédios dos três poderes em Brasília.

BNamericas: Como a sociedade reagiu aos ataques?

Melo: Segundo levantamentos feitos em redes sociais por institutos especializados, 90% da população se mostrou veementemente contrária a essas ações.

Por isso, a grande perdedora foi a extrema direita, que fica isolada. Foi um tiro de canhão que eles deram no próprio pé.

BNamericas: Como os ataques transformarão as instituições que foram alvo?

Melo: Esse episódio tende a fortalecer a figura do Lula e o STF, porque mostra que muitas atitudes que o Supremo vinha implementando contra grupos de extrema direita nos últimos meses eram acertadas.

BNamericas: Com relação ao presidente Lula, como esses eventos tendem a fortalecê-lo?

Melo: O posicionamento de vários países, como EUA, França e muitos países da América Latina, foi muito significativo, com uma expressão de total apoio ao atual governo.

Aqui dentro, Lula sai fortalecido, uma vez que agora ele tem a oportunidade de unir os três poderes do Brasil – o governo, o Congresso e o Judiciário – para tomar medidas em parceria. Vale lembrar também que, durante a gestão de Bolsonaro, esses três poderes estavam, de certa forma, atuando sem unidade.

BNamericas: As ligações entre os invasores e partes das forças de segurança são uma preocupação?

Melo: Há muito tempo sabemos que algumas forças estão apoiando Bolsonaro e se infiltrando nas polícias, mas não podemos dizer que essas forças estão no controle.

Há sinais, vez ou outra, de influência dessas forças, mas a estrutura das polícias respeita muito o modelo de hierarquias.

Em Brasília, o secretário de Segurança Pública, demitido após os atentados de domingo, foi ministro da Justiça durante o governo Bolsonaro. Ele é um apoiador de Bolsonaro, e talvez em Brasília a polícia tenha sido leniente com os invasores.

Agora, se olharmos para grandes estados, como São Paulo e Rio de Janeiro, a estrutura policial respeita uma hierarquia criada há muitos anos. Não há hegemonia ligada a Bolsonaro nessas polícias, o que é mais tranquilizador.

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