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Atlas Renewable Energy fala sobre contratos com Codelco e Copec

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Atlas Renewable Energy fala sobre contratos com Codelco e Copec

A Atlas Renewable Energy, empresa de energia limpa com sede nos Estados Unidos, está ajudando a impulsionar a transição energética do Chile.

Recentemente, a Atlas obteve contratos para fornecer eletricidade para a gigante estatal da mineração Codelco e a comercializadora de energia EMOAC, subsidiária do grupo local Copec. A empresa vai construir uma instalação híbrida de energia solar e armazenamento como parte do acordo com a mineradora e um sistema de armazenamento autônomo segundo o acordo celebrado com a Copec.

No Chile, a Atlas tem parques solares de grande escala em operação, com capacidade combinada de mais de 400 MW – um na região metropolitana de Santiago e um nas regiões de Antofagasta e Atacama –, além de três parques eólicos planejados que constituem seu portfólio Alpaca, de 417 MW, destinados a sul do país.

Para saber mais, a BNamericas conduziu uma entrevista por e-mail com Alfredo Solar, gerente-geral da empresa no Chile, cuja presença regional também cobre Brasil, Colômbia, México e Uruguai.

BNamericas: Nos últimos meses, a Atlas fez anúncios sobre projetos e contratos no Chile. Parece que a empresa continua apostando nas energias renováveis e que a descarbonização do setor produtivo está gerando oportunidades.

Solar: Sim, na Atlas Renewable Energy continuamos com grande interesse em desenvolver nosso plano de investimentos e aproveitar as oportunidades comerciais que surgem para buscar contratos de longo prazo com as melhores contrapartes, como no caso da Copec e da Codelco.

Isso faz parte da nossa essência como empresa internacional de geração de energia 100% renovável – desde as nossas origens –, que desenvolve, constrói, financia e opera projetos de energia limpa na América Latina desde o início de 2017 e se posicionou como o segundo maior produtor de energia solar da região.

Especificamente no Chile, apoiada por esses dois contratos celebrados recentemente, a Atlas está se consolidando como um parceiro ideal para apoiar diferentes indústrias e grandes empresas em seus processos de transição energética e como líder no desenvolvimento de sistemas de armazenamento, uma tecnologia fundamental para continuar a avançar neste caminho.

BNamericas: A Atlas fechou um contrato com a Codelco para a implantação de um novo parque solar com sistema de baterias no Chile, que fornecerá 375 GWh por ano. O que você pode adiantar sobre esse projeto, por exemplo, tamanho, localização, status de desenvolvimento?

Solar: Para cumprir o contrato com a Codelco, a Atlas construirá um parque híbrido no distrito de María Elena [na região de Antofagasta], composto por uma usina solar com capacidade instalada de 220 MWp mais um sistema de baterias de 200 MW com quatro horas de armazenamento, projeto que será conectado à subestação Crucero.

Com este projeto, a Codelco, principal fornecedora mundial de cobre, será abastecida 24 horas por dia, 7 dias por semana, ou seja, durante o dia e a noite, graças à central solar e ao sistema de armazenamento.

BNamericas: Este projeto será o primeiro das novas iniciativas construídas no Chile?

Solar: Como vocês sabem, no Chile já temos três ativos operacionais: Javiera, que abastece a Antofagasta Minerals; Quilapilún, que tem contrato com clientes regulados; e Sol del Desierto, que tem um PPA [contrato de compra de energia] com a Engie.

Agora vem o BESS del Desierto, projeto independente de baterias de 200 MW, ou central autônoma, com quatro horas de armazenamento, que começará a ser construído em 2024, para abastecer a EMOAC, subsidiária da Copec. Depois iniciaremos a construção do projeto solar que, junto com um sistema de baterias, fornecerá energia 24 horas por dia, 7 dias por semana para a Codelco, como expliquei anteriormente.

Nesse sentido, também estamos desenvolvendo na Atlas um portfólio de projetos eólicos chamado Alpaca, que consiste em três usinas: Guanaco, na região de Maule; Los Alpes, na região de La Araucanía; e Altos de Tablaruca, localizada em Los Lagos. A projeção é que este portfólio agregue 417 MW de energia.

BNamericas: Quais foram as motivações para estratégia de direcionamento para a região sul, por exemplo, o perfil do recurso eólico, a disponibilidade de transmissão, a demanda por offtakers industriais nessa parte do país?

Solar: A energia eólica é uma fonte renovável complementar que também permite a geração durante o dia e a noite, e para nós é essencial ter esse recurso no portfólio de geração.

Sem dúvida, o sul do Chile se tornou um foco importante em termos de recursos eólicos, daí o nosso interesse em desenvolver um portfólio nesses territórios, mantendo o selo de qualidade e os padrões elevados que mantivemos nos nossos projetos solares anteriores.

BNamericas: Qual a situação atual dos projetos do portfólio Alpaca? Está prevista uma eventual incorporação de sistemas BESS?

Solar: Os projetos estão em processo de desenvolvimento ambiental, interconexão e engenharia. A eventual incorporação de um sistema BESS deverá ser analisada no futuro. No momento, nosso foco em sistemas de armazenamento está vinculado aos dois marcos lançados em março deste ano: Codelco e Copec.

BNamericas: Em relação ao BESS del Desierto, para a Atlas, e considerando o contexto de restrição no norte, qual a importância deste passo? Vocês preveem outros acordos como esse?

Solar: Este marco é de grande importância para a Atlas e também para o país, pois aborda um problema crucial no contexto energético atual: os cortes na geração de energias renováveis.

No Chile, cerca de 3.000 GWh são perdidos anualmente, principalmente devido à transmissão comprimida e outras variáveis associadas. Do total anual de cortes na geração de energia sustentável, quase 1.400 GWh correspondem à energia solar, que, por sua vez, corresponde a 15% da oferta total desta tecnologia, com tudo o que isso significa para o avanço da transição energética sustentável e a melhoria da qualidade de vida dos chilenos.

Na Atlas, estamos interessados em encontrar soluções adequadas para os nossos clientes, como esse contrato de compra de energia e um sistema de armazenamento. Esperamos continuar fechando contratos do tipo, que fazem muito sentido para nós.

BNamericas: Existe um cronograma provisório? Você pode dizer como esse sistema de armazenamento será financiado? Por exemplo, o eventual contrato de compra e venda serviria para a obtenção de financiamento?

Solar: A ideia é que este projeto BESS esteja operacional na metade de 2025. O financiamento será uma combinação de recursos próprios e dívida bancária.

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