Castrol está otimista com o mercado offshore do Brasil

A Castrol, divisão de lubrificantes premium da gigante britânica BP, está otimista com o crescimento do mercado offshore brasileiro.

Além das dezenas de FPSOs que serão instaladas nos próximos dez anos, a empresa planeja atender à forte demanda por equipamentos submarinos.

Rafael Clemente, gerente de contas estratégicas da Castrol, conversou com a BNamericas sobre as perspectivas de negócios no país.

BNamericas: Quais são as perspectivas em relação ao mercado brasileiro, tendo em vista o aumento previsto na frota de FPSOs?

Clemente: Estamos muito empolgados. O mercado offshore brasileiro, em upstream, é o que mais cresce no mundo. Considerando o cenário de FPSOs que já entraram em operação em 2024, e os novos FPSOs prováveis e possíveis até 2034, a estimativa é que até 37 novas unidades de produção poderão entrar em operação por aqui nos próximos dez anos, representando cerca de 20% do mercado global de novos FPSOs.

BNamericas: A empresa pretende fazer novos investimentos para atender à demanda no país?

Clemente: Temos uma planta de produção no Brasil, com uma capacidade que, no momento, segundo nossas análises, atende ao crescimento, é suficiente. Mas, sim, estamos dispostos a investir, se necessário.

BNamericas: A Castrol tem algum estudo ou projeto para reduzir a pegada de carbono dos lubrificantes?

Clemente: Um exemplo real do que você está falando são as credenciais carbono neutro da nossa linha de fluidos de controle submarinos. Também temos uma linha, que está em crescimento, de lubrificantes biodegradáveis.

BNamericas: Para que são usados os fluidos de controle de produção?

Clemente: Hoje, basicamente todos os FPSOs usam esse fluido, que é aplicado em um sistema hidráulico que transfere energia para o acionamento dos equipamentos submarinos no fundo do mar.

BNamericas: Vocês também fornecem lubrificantes para sondas offshore?

Clemente: Sim. Recentemente fechamos um grande contrato de fornecimento para sondas de perfuração. E também há as embarcações de apoio às plataformas. Todo esse mercado marítimo vai se movimentar proporcionalmente. O crescimento é muito grande.

Em termos de equipamentos submarinos, há mais de 200 árvores de Natal molhadas previstas para serem instaladas no Brasil até 2028, sendo que cada equipamento será conectado a um poço de petróleo. Esse é o tamanho do mercado.

É importante lembrar que o mercado brasileiro está se diversificando, com novos players operando e investindo.