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Chinesa Shemar confiante em crescimento no mercado latino-americano

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Chinesa Shemar confiante em crescimento no mercado latino-americano

Como fornecedora de isolantes para linhas de transmissão e subestações, a chinesa Shemar está confiante em seu potencial de crescimento no mercado de transmissão de energia da América Latina.

A empresa, que é de capital privado, está investindo US$ 80 milhões em um projeto no Brasil que servirá como um showroom para seus produtos, incluindo soluções de isolamento para linhas e subestações baseadas em materiais compósitos, substituindo vidro e porcelana.

A Shemar promete reduzir o capex e praticamente eliminar o opex dos projetos.

A BNamericas conversou com José Tamayo, CEO da empresa para Espanha, Portugal e América Latina, sobre perspectivas de negócios.

BNamericas: Como você avalia as perspectivas de negócios na área de transmissão de energia?

Tamayo: Há um grande crescimento das linhas de transmissão em todo o mundo para conectar fontes renováveis às redes.

Nosso core business é a pesquisa e o desenvolvimento de materiais. Com nossas tecnologias, conseguimos reduzir o entre 3% e 6% do capex e 100% do opex dos projetos [porque eles não exigirão manutenção].

Vemos um enorme potencial de crescimento no Brasil. Temos dois leilões gigantes pela frente [o segundo de 2023 e o primeiro de 2024], e pretendemos atingir 100% do mercado.

Estamos investindo US$ 80 milhões para operar e manter muito que vencemos em um leilão promovido pela Aneel em 2021.

É um projeto showroom que mostraremos a potenciais clientes na América Latina, pois conta com todas as nossas soluções. É um projeto 100% livre de manutenção, o que, no final das contas, permite a redução dos custos de energia para as pessoas.

Nota do editor: O lote inclui a construção e operação, por 30 anos, de duas linhas de transmissão e três subestações em Cachoeiras de Macacu, Itaboraí, Tanguá e São Gonçalo no estado do Rio de Janeiro.

BNamericas: O investimento é de equity da empresa?

Tamayo: Cerca de um terço do total é de equity e o restante é financiado pelo Banco de Desenvolvimento da China.

BNamericas: Você vê potencial de crescimento na América Latina, além do Brasil?

Tamayo: Definitivamente. Nossa expectativa é conseguir participações de mercado de 60% a 70% nos próximos anos na área de isolantes para subestações e linhas de transmissão.

BNamericas: Vocês pretendem participar dos próximos leilões da Aneel e de outros países da América Latina como construtores/operadores de linhas e subestações?

Tamayo: Fora da América Latina, temos a intenção de participar de leilões como construtores e operadores. A concessão no Brasil tem a finalidade única de ser um showroom.

Temos projetos [que envolvem o fornecimento de isolantes para linhas de transmissão e subestações] no Chile, na Colômbia e no Peru.

BNamericas: Vocês planejam construir uma fábrica ou ter um centro de serviços no Brasil?

Tamayo: Já temos um centro de serviços no Brasil, que é fundamental para o desenvolvimento de projetos locais e na América Latina.

Nossa fábrica em Nantong, na China, tem capacidade para atender 70% da demanda global. Com a construção da nova fábrica nos EUA, poderemos atender 100% da demanda mundial.

Há uma escassez importante de isolantes de vidro produzidos na Ucrânia.

BNamericas: E vocês vêm ganhando mercado por causa dessa escassez?

Tamayo: Temos ganhado mercado não pela falta de vidro, mas pela qualidade e vantagens do nosso produto.

Os problemas tradicionais do negócio geralmente ocorrem devido a danos causados pelo vento, poluição, chuva e gelo.

Estima-se que o custo anual relacionado a problemas de isolamento externo na rede mundial seja da ordem de US$ 40 bilhões, o que inclui multas e lucro cessante em função da desconexão da linha. E esse valor cresce em torno de 10% ao ano, à medida que as estruturas envelhecem.

Esse custo pode ser reduzido praticamente a zero e a eficiência do sistema pode ser aumentada em 30%.

Em 1999, praticamente todos os projetos de subestações contavam com isolamento de porcelana. Em 2022, 30% já eram feitos de materiais compósitos e, em 2025, estimamos que 80% dos projetos serão feitos de compósitos.

BNamericas: Como está essa participação no Brasil?

Tamayo: Cerca de 10% das novas subestações têm isolamento com material compósito.

BNamericas: E quanto às linhas?

Tamayo: Conseguimos contratos para cerca de 80% das linhas contratadas no primeiro leilão da Aneel em 2022, totalizando 3.790 km. Fechamos contratos diretamente com as concessionárias.

Desde a nossa entrada no mercado da América do Sul, ampliamos nossa participação de mercado para mais de 80% na região.

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