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Com novo governo, Grupo México deve aumentar sua aposta em energia

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Com novo governo, Grupo México deve aumentar sua aposta em energia

De olho nas eleições gerais de domingo, o conglomerado Grupo México espera que o próximo governo esteja mais inclinado a promover as energias renováveis

Desde que assumiu o poder, em 2018, a administração do presidente Andrés Manuel López Obrador concentrou-se nos combustíveis fósseis para ajudar a petroleira estatal Pemex, ao mesmo tempo que favoreceu a estatal de energia CFE. Tanto Claudia Sheinbaum, candidata pelo partido governista Morena – e favorita nas pesquisas –, quanto Xóchitl Gálvez, candidata por uma grande coligação de oposição, manifestaram-se a favor das energias renováveis. O próximo governo assumirá em 1º de outubro.

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As eleições serão realizadas em 2 de junho e o próximo governo tomará posse em 1º de outubro.

O Grupo México, com operações de cobre no México, Peru e EUA, faturou US$ 14,4 bilhões em 2023.

A empresa é líder na produção de cobre no México, Peru e EUA.

Seu diretor de energia, Gustavo Ortega Gómez, conversou com a BNamericas sobre as expectativas do Grupo México em relação à mudança de administração, o futuro da energia e seus projetos mais relevantes.

BNamericas: Que obstáculos os projetos energéticos do Grupo México enfrentaram durante este governo?

Ortega: Basicamente, o fato de não gostarem de tecnologias renováveis. Este tem sido o principal obstáculo.

BNamericas: E em relação às licenças?

Ortega: Toda a parte das licenças também foi muito afetada, não só na questão da energia, mas na questão dos procedimentos tratados pela Semarnat [Secretaria de Meio Ambiente].

BNamericas: O que vocês esperam do próximo governo?

Ortega: Que eles definitivamente se concentrem em tecnologias renováveis. Nesse período de seis anos eles praticamente pararam. A única coisa que cresceu foi a parte de geração distribuída, ou seja, os painéis solares nos telhados. No entanto, isto está limitado a 500 kW.

Aparentemente, vai subir para 1.000 kW. E parece que estão avaliando subir para 5.000 kW, o que seria fantástico, porque muitas indústrias já consomem em torno dessas quantidades ou menos, e mais projetos poderiam ser instalados

BNamericas: Isso também beneficiaria os projetos do Grupo México?

Ortega: Sim, certamente nos ajudaria. No México temos dois parques eólicos, e estamos colocando geração distribuída em alguns sistemas de bombeamento, ou seja, são sistemas isolados e estão abaixo de 500k W. Isto é o que estamos vendo atualmente.

Algo muito importante também é a parte solar térmica. Ela consiste em aproveitar o aquecimento da luz solar: você aquece um fluido, em geral um álcool, e depois, em um trocador, aquece a solução, ou seja, a água. A água passa por um lado e o álcool quente passa pelo outro lado. Assim a água já está aquecida e você deixa de usar combustível para aquecer a água.

BNamericas: Vocês têm algum projeto nesse sentido?

Ortega: Já temos um operando na mina La Caridad [de cobre] e estudamos projetos semelhantes no Peru, tanto na mina Toquepala quanto Cananea.

BNamericas: Estes projetos estão em fase de pré-viabilidade?

Ortega: Não, estão praticamente prontos. Estamos apenas vendo e ajustando alguns detalhes, mas é praticamente certo que iremos realizá-los.

BNamericas: Já estão entrando em operação?

Ortega: Não, só falta fazer a engenharia, ou seja, ainda vai demorar cerca de um ano, um pouco mais. Mas o importante é que estejam autorizados e estamos nessa fase.

BNamericas: Que combustível o Grupo México vê como o futuro da energia?

Ortega: Sem dúvida, hidrogênio verde.

BNamericas: O que se espera nesse sentido?

Ortega: Em primeiro lugar, deve ser competitivo. Neste momento não é.

BNamericas: Devido ao preço?

Ortega: Sim. Obtê-lo é muito, muito caro e não é aconselhável utilizá-lo.

Seu preço de produção seria extremamente alto, mas a tecnologia sem dúvida está avançando e veremos mais dela em breve. O mesmo acontece com o armazenamento de energia. É algo que já é muito viável e que em breve iremos implementar.

BNamericas: Vocês têm projetos relacionados ao hidrogênio verde?

Ortega: Como tal, não agora.

BNamericas: Quais são os projetos energéticos mais importantes para o Grupo México?

Ortega: Temos um parque eólico de 164 MW. Chama-se Fenícias. É um parque que construímos e que está pronto para funcionar há três anos.

BNamericas: Por que vocês não conseguiram começar sua operação?

Ortega: Foi adiado por questões administrativas.

BNamericas: Licenças?

Ortega: Sim. E, bem, basicamente neste momento estamos analisando a possibilidade de que possa entrar em operação.

BNamericas: Quando vocês creem que poderá entrar em operação?

Ortega: Nos próximos meses. Vamos esperar e ver o que acontece por ora.

BNamericas: Que outros projetos de energia o Grupo México possui?

Ortega: Temos alguns projetos fotovoltaicos, tanto nas minas dos EUA, quanto no Peru.

BNamericas: E no México?

Ortega: Não neste momento, mas, com a mudança de administração, muito provavelmente começaremos a ver alguns projetos ou perspectivas que temos para o país.

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