
Como a brasileira Kinea pretende investir no setor de infraestrutura com novo fundo

A Kinea Investimentos, empresa de private equity e gestão de ativos controlada pelo gigante Itaú Unibanco, está em processo de captação para um novo fundo focado em adquirir participações minoritárias em empresas de infraestrutura.
O plano é arrecadar até R$ 2 bilhões (US$ 400 milhões) até o final deste ano, com uma contribuição significativa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Aymar Almeida, sócio da Kinea e gestor responsável pelo fundo de infraestrutura, conversou com a BNamericas sobre a estratégia de investimentos e os setores de interesse.
BNamericas: Quanto a Kinea tem hoje sob gestão e quanto disso está dedicado à área de infraestrutura?
Almeida: Atualmente, temos R$ 99 bilhões sob gestão e temos algumas divisões aqui dentro da gestora, nas áreas de crédito, crédito agrícola, ativos imobiliários, debêntures e infraestrutura.
BNamericas: Quais são os planos para o novo fundo de infraestrutura?
Almeida: Desde 2019, temos uma área de private equity na Kinea e decidimos com esse novo fundo, que está em fase de captação, usar os recursos para adquirir participações em empresas. Ao longo da nossa trajetória investimos dinheiro próprio da Kinea em empresas e agora nos sentimos confortáveis para investir em empresas com recursos deste fundo.
BNamericas: Qual é o valor que está sendo captado para o novo fundo?
Almeida: Em 2022, o BNDES realizou uma chamada pública onde se comprometeu a investir até R$ 500 milhões em fundos selecionados que investissem em infraestrutura.
Fomos um dos selecionados e, na prática, para cada três reais que vamos captar e investir, o BNDES vai injetar um real no fundo.
Até o final do ano, devemos concluir a captação total desse fundo, que deve ficar entre R$ 1,3 bilhão e R$ 2 bilhões. O BNDES será um cotista minoritário do fundo, mas um cotista relevante.
BNamericas: Em quais setores vocês pretendem investir?
Almeida: A infraestrutura é muito diversificada e adotaremos uma abordagem qualitativa.
Nós investimos no setor elétrico desde 2017 e gostamos das áreas de transmissão e geração de energia renovável.
Outro setor de que gostamos é o de saneamento. Na área de saneamento, já temos conhecimento, fazemos parte do consórcio que venceu a privatização da Corsan, empresa de água do Rio Grande do Sul.
Apesar de eu mencionar esses setores, não temos restrições a outros segmentos como portos, aeroportos e rodovias, mas isso será avaliado caso a caso.
BNamericas: Qual será o ticket médio do investimento?
Almeida: Nosso perfil é sempre ser um acionista minoritário, por isso olhamos para operadoras estratégicas nos setores que nos interessam.
Um ponto importante que também consideramos antes de fazer o investimento é a estratégia de saída.
Esse fundo que estamos levantando terá um prazo de 12 anos para desinvestimento, mas também vamos avaliar estratégias de desinvestimento entre 7 e 10 anos.
O ticket médio de investimento nessas operações ficará entre R$ 200 milhões e R$ 500 milhões. Só para você ter uma ideia, na Corsan nosso investimento foi de cerca de R$ 200 milhões.
BNamericas: Qual é a sua percepção atual como investidor de infraestrutura no Brasil?
Almeida: Vejo um cenário favorável porque, mesmo com as mudanças de governo, há estabilidade nos contratos de maneira geral.
Dito isso, nosso foco de investimento é 100% no Brasil, porque acreditamos que ainda há muito a ser feito no setor de infraestrutura do país.
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