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Os planos da Komatsu para um possível boom da mineração brasileira

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Os planos da Komatsu para um possível boom da mineração brasileira

A Komatsu, fabricante japonesa de máquinas pesadas, está investindo R$ 175 milhões (US$ 35,7 milhões) em expansões e atualizações de instalações no Brasil para atender clientes que planejam aumentar a produção.

Os investimentos serão destinados aos principais estados mineradores, Minas Gerais e Pará, sendo que o primeiro contará com R$ 120 milhões, para uma nova instalação na cidade de Contagem e o segundo com R$ 55 milhões, para uma unidade em Parauapebas.

Estima-se que diversas linhas de fabricação da empresa registrem aumento de vendas devido ao crescimento da indústria de mineração brasileira, incluindo seus caminhões de mineração autônomos, alguns dos quais já operam no país.

Ricardo Alexandre Vieira dos Santos, vice-presidente da divisão de mineração da empresa, conversou com a BNamericas sobre os planos de expansão e as perspectivas gerais dos negócios.

BNamericas: Qual a motivação da Komatsu para realizar investimentos na expansão e melhorias de suas unidades no Brasil?

Santos: Percebemos que há um plano de expansão na produção das mineradoras com atuação no Brasil, principalmente, nas áreas de minério de ferro e cobre.

Somente a produção de minério de ferro deverá crescer 16% até 2026, por isso queremos ser parceiros das empresas de mineração nessa expansão.

Claro que como toda projeção de expansão, há os riscos para materialização. No caso da mineração, os riscos estão sempre associados a conflitos sociais e questões políticas globais, mas estamos otimistas com o cenário.

BNamericas: Vocês estão investindo na construção de uma nova unidade em Contagem, Minas Gerais. Poderia falar um pouco desse plano?

Santos: Só nesta unidade estamos projetando um investimento de, pelo menos, R$ 120 milhões e ela unificará as operações de duas unidades que já tínhamos no estado de Minas Gerais.

Essa unidade abrigará a nova sede da Komatsu no Brasil e ficará pronta no final de 2025. O projeto de construção vai permitir que nossas instalações dobrem de tamanho, se necessário.

Será também um centro de distribuição e reparo de nossos equipamentos, tanto da parte elétrica quanto da parte tecnológica. Com isso, aumentaremos em até 40% nossa capacidade operacional para atender nossos clientes.

BNamericas: O investimento da Komatsu também está relacionado às preocupações das mineradoras com relação à cadeia de abastecimento, falta de equipamentos ou atrasos nas entregas, que se agravaram durante a pandemia?

Santos: Sem dúvida nenhuma. De fato, nossos produtos e soluções disponíveis nessa unidade servirão para ajudar nossos clientes a serem ainda mais competitivos e a terem uma performance apropriada, tendo um custo por tonelada adequado aos seus projetos, bem como maior velocidade de entrega e conclusão dos projetos.

Vamos continuar atendendo cada vez mais clientes de norte a sul do país.

BNamericas: A Komatsu vê potencial também em outros negócios além dos segmentos de minério de ferro e cobre?

Santos: Além de equipamentos de superfície, também possuímos equipamentos subterrâneos, então temos perspectiva de atender projetos de ouro e de fertilizantes.

Além disso, também vejo potencial na área de níquel no Brasil, sobre a qual estamos conversando com a Vale para oferecer nossas soluções para o projeto Onça-Puma, no Pará.

BNamericas: Qual é o tamanho do potencial de máquinas e equipamentos da indústria de mineração no Brasil?

Santos: Não tenho um número exato, mas falando do potencial para frotas e operações autônomas, esse potencial é enorme.

É claro que para transformar uma operação de mina tradicional em uma operação autônoma é necessário um planejamento específico, mas já realizamos testes, por exemplo, em operações em Carajás, no Pará, que mostraram aumento de produção e redução de custos com operações autônomas.

Mas vale dizer que as operações de minas autônomas tem limitação de serem incorporadas naquelas minas mais antigas e com frotas pequenas.

BNamericas: A unidade no Brasil pode se tornar uma plataforma de exportação da Komatsu para América Latina?

Santos: Já somos uma plataforma de exportação de produtos, como mangueiras hidráulicas e alguns outros equipamentos, que exportamos para Peru, Chile e México. Nossa unidade no Pará produzirá caçambas e já estamos discutindo sua exportação.

BNamericas: Há algum tema que você gostaria de reforçar?

Santos: Gostaria de destacar um ponto sobre como desenvolvemos as pessoas na Komatsu. Queremos transformar a realidade das pessoas e dar oportunidades, por isso oferecemos cursos técnicos, de mecânica e de capacitação para atrair mais mulheres, que antes não tinham o treinamento adequado, para fazerem parte do nosso quadro de funcionários.

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