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Empresa alemã vai produzir geradores de hidrogênio verde no Brasil

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Empresa alemã vai produzir geradores de hidrogênio verde no Brasil

A alemã Neuman & Esser assinou um protocolo de intenções com o estado brasileiro de Minas Gerais para investir até R$ 45 milhões (US$ 9 milhões) na produção de equipamentos de geração de hidrogênio verde.

Com sede em Belo Horizonte, a empresa produzirá geradores de hidrogênio verde por meio de eletrólise e reformadores de etanol e biometano, além de desenvolver outras tecnologias.

A BNamericas conversou com o diretor-geral da Neuman & Esser no Brasil, Marcelo Veneroso, sobre o empreendimento.

BNamericas: Por que a empresa decidiu fazer esse investimento agora?

Veneroso: Nossa maior expertise é na tecnologia de compressão de hidrogênio para processos em refinarias, compressão de gás em automóveis, processos industriais, etc., mas não tínhamos em nossa linha a parte de geradores de gás.

Há cerca de cinco anos, adquirimos a Hytron, empresa originada nos laboratórios da Unicamp [Universidade Estadual de Campinas], que tem o know-how para soluções de geração de hidrogênio.

Com esta aquisição, teremos tecnologias para geração de hidrogênio via eletrólise ou reformadores de etanol ou biometano.

A Hytron manterá nossa divisão de inovação e suprimento de engenharia básica, e a Neuman fará o detalhamento e a construção dos equipamentos.

Temos outra empresa no grupo, a Arcanum, na Alemanha, especializada em biometano, e queremos trazê-la para o Brasil para atuar na área de energias renováveis, incluindo hidrogênio.

BNamericas: Por que a tecnologia de compressão é crítica para a cadeia de hidrogênio?

Veneroso: Esse gás precisa ser comprimido para ser transportado, em uma ordem muito maior do que, por exemplo, o gás natural, no caso do GNC [gás natural comprimido]. Além disso, seu manuseio é mais delicado, por se tratar de um gás altamente inflamável e volátil.

Nós manuseamos, comprimimos, transportamos e integramos os sistemas de geração de hidrogênio.

BNamericas: Qual é o perfil do cliente para esses sistemas?

Veneroso: Aqui em Minas Gerais, há siderúrgicas, mineradoras, cimenteiras e uma imensa malha rodoviária. As empresas hoje estão cientes dos compromissos para reduzir as emissões de poluentes.

Na indústria siderúrgica, o hidrogênio [pode ser usado]. Na mineração e na indústria de cimento, os combustíveis fósseis podem ser substituídos por esse gás.

Para os veículos, o hidrogênio é o combustível ideal fora das cidades, para viagens de média e longa distância, devido à maior autonomia em relação aos carros a bateria.

BNamericas: Vocês já fecharam contratos para fornecimento de equipamentos?

Veneroso: Temos um pedido de uma petroleira para um eletrolisador que fará parte de um experimento para obter combustíveis sintéticos, incluindo diesel e até querosene de aviação.

Também estamos desenvolvendo um equipamento do tipo para uma geradora termelétrica no Porto do Pecém, no Ceará, que usa carvão e quer reduzir as emissões de carbono adicionando um pouco de hidrogênio à queima. Além disso, usaria o gás para resfriar as turbinas da planta.

Temos, ainda, alguns acordos com empresas que vão investir em hidrogênio verde no Brasil, além de governos estaduais, como Minas Gerais e Ceará.

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