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Fabricante de módulos solares Jinko Solar demonstra otimismo com mercado mexicano

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Fabricante de módulos solares Jinko Solar demonstra otimismo com mercado mexicano

As expectativas para o mercado solar mexicano estão altas depois que Claudia Sheinbaum, ex-cientista climática, tomar posse como presidente em outubro.

Sheinbaum prometeu aumentar a participação da energia limpa no mercado de geração para 45% até 2030, frente aos atuais 20%.

Enquanto os operadores privados aguardam ansiosamente a legislação secundária que determinará como poderão contribuir para atingir a meta, Sheinbaum é vista como uma esperança renovada após o fechamento do mercado de energia renovável promovido pelo seu antecessor Andrés Manuel López Obrador.

A BNamericas conversou com Alberto Cuter, vice-presidente na América Latina da fabricante chinesa de módulos solares Jinko Solar, sobre as perspectivas de crescimento renovado do mercado mexicano sob a administração de Sheinbaum.

BNamericas: Como o mercado mexicano de energia solar mudou desde que a Jinko Solar chegou ao país?

Cuter: Estamos no México desde 2012, ou seja, já se passaram mais de 10 anos. Em 2016, ganhamos um contrato com um cliente para 1 GW, que desenvolvemos em 2017. Foi uma das maiores plantas do mundo. 

Em 2016, o México era um dos mercados mais importantes da Jinko. Mas o mercado parou porque durante os seis anos de López Obrador, nada foi feito em energia renovável. Muitas empresas deixaram o México. Não fazia sentido estarem aqui sem nada para fazer.

BNamericas: Qual o seu nível de confiança de que as condições vão melhorar?

Cuter: Estou otimista devido à experiência da presidente na área de energia renovável. 

Já vimos alguns bons sinais, como o aumento do limite máximo para geração distribuída de 500 kW para 700 kW.

Não é como o Brasil, onde o limite é de 5 MW, mas é um sinal positivo. É algo. Estamos conversando com muitos clientes sobre geração distribuída no México. Estamos muito bem posicionados.

BNamericas: Quais são os maiores mercados da Jinko Solar na América Latina?

Cuter: O Brasil é definitivamente o maior. Também temos uma boa atuação na Colômbia. O México tem potencial. Estamos fazendo muito também na Argentina. No próximo ano, acho que alcançaremos mais de 2 GW ou 2,5 GW na Argentina. No México, faremos cerca de 300 MW este ano.

O México precisa de energia limpa. Ele tem uma matriz de geração muito suja. O México pode fazer o mesmo que o Brasil fez nos últimos anos. O Brasil tem conectado 16 GW de solar por ano. Para fazer o mesmo no México, vai depender da questão técnica da transmissão, mas, acima de tudo, da vontade política.

BNamericas: O que você acha que o México precisa fazer para atrair investidores estrangeiros para o setor de energia renovável? 

Cuter: A energia é um setor estratégico para qualquer país. Não se pode entregar tudo para investidores estrangeiros. Mas é necessário dar confiança aos investidores estrangeiros de que as regras não serão alteradas. Tenho certeza de que os investidores estrangeiros querem retornar ao México, mas tudo depende das regras que [o novo governo] implementar.

BNamericas: Quais são suas impressões sobre a abordagem do governo Sheinbaum em relação à energia renovável?

Cuter: Tenho impressões positivas. O primeiro passo é ir na direção certa e acho que estão indo na direção certa. Ainda precisamos ver os próximos passos, mas estou otimista.

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