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Motivos para o otimismo na indústria mexicana de datacenters

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Motivos para o otimismo na indústria mexicana de datacenters

A próspera indústria mexicana de datacenters receberá US$ 9,19 bilhões em investimentos diretos e US$ 27,57 bilhões em investimentos indiretos nos próximos cinco anos, de acordo com um estudo da associação local MEXDC.

Com 26 das 103 iniciativas avaliadas em mais de US$ 50 milhões no banco de dados de projetos da BNamericas, o México é o segundo maior mercado de investimento em datacenters da América Latina.

O estudo da MEXDC indica que existem 109 datacenters em operação e 21 em construção. Outros sete sites foram anunciados para os próximos cinco anos.

Os datacenters locais consomem 112 MW, enquanto as unidades que estão em fase de construção exigirão 476 MW e a infraestrutura anunciada demandará 1.017 MW.

Adriana Rivera, diretora executiva da MEXDC, conversou com a BNamericas sobre a situação atual do mercado e os próximos passos dessa indústria promissora.

BNamericas: Considerando os dados publicados pela MEXDC sobre o mercado mexicano de datacenters, quais são suas expectativas?

Rivera: O estudo elaborado para a MEXDC é uma estimativa muito conservadora, porque levamos em conta as mesmas empresas que já estão investindo no México, que já anunciaram sua expansão ou crescimento e conhecem os desafios que existem em matéria de energia, regulação, conectividade e infraestrutura.

No entanto, devido a temas como inteligência artificial, metaverso e internet das coisas, a capacidade dos datacenters em nível mundial terá de aumentar cinco vezes. Então, essa projeção que a gente está fazendo hoje não leva tudo isso em conta.

BNamericas: Além de Querétaro, existem outras localidades com potencial de implantação desse tipo de infraestrutura?

Rivera: O Bajío mexicano [onde fica Querétaro] tem muitos benefícios. A região tem sido uma área de desenvolvimento industrial, com abertura comercial por parte dos governos locais e uma vontade de fortalecer a infraestrutura. Então, temos um Bajío muito robusto em termos infraestrutura rodoviária e até de portos secos. A região tem fibra, tem comunicação, tem de tudo.

Se quiséssemos ir a Chiapas seria fabuloso, porque há muita energia, mas não é assim tão fácil. Precisamos ter infraestrutura de comunicação.

Além disso, no Bajío quase não são registrados tremores. O solo é muito firme, não há furacões, não há tantas inundações... É um lugar seguro para investir. Também não há tanta umidade, e isso implica uma redução significativa no consumo de energia.

Porém, conversando com o governo, a CFE e as Secretarias de Economia e Infraestrutura, eles questionaram se poderíamos gerar outro polo de desenvolvimento tão importante quanto o de lá. Nossa resposta foi sim, claro, mas é preciso gerar conectividade para essa área. Hoje o problema no Bajío é que a rede elétrica não funciona mais, temos que investir muito.

BNamericas: Que outras áreas de desenvolvimento de datacenters estão sendo avaliadas?

Rivera: Nenhuma área foi definida ainda, mas foram citados estados como Aguascalientes, Estado do México, Hidalgo e até Veracruz. Ainda não existe uma rota certa.

Também estamos fazendo o mesmo que em Jalisco ou Nuevo León [onde há projetos], mas temos a mesma situação, são entidades muito pró-indústria e que contam com uma conectividade adequada.

Por isso, o governo nos pediu que fizéssemos um planejamento de médio prazo.

BNamericas: As eleições presidenciais de 2 de junho poderiam ter alguma influência?

Rivera: Estamos confiantes. As duas [candidatas] têm uma ampla experiência profissional, e acreditamos que serão capazes de compreender o setor e apoiá-lo.

Acho que não é necessário levantarmos a mão. Fizemos uma análise das propostas, de como elas pensam, e ambas apostam na tecnologia e na digitalização dos processos. Elas apostam na modernização do México.

BNamericas: Como é o acesso a recursos humanos capacitados na indústria?

Rivera: São estimados cerca de 24.000 empregos diretos e 68.198 indiretos no processo de construção e operação dos mais de 73 novos datacenters que existirão nos próximos cinco anos.

A verdade é que os datacenters operam com profissionais que, literalmente, aprendem no trabalho. Mas isso não continuará assim, e estamos justamente abrindo canais de comunicação com as instituições de ensino, agora que precisamos de profissionais com licenciatura e também de técnicos.

Já assinamos convênios com a Universidade Politécnica de Querétaro e a Universidade Autônoma de Querétaro. Treinamos diretamente mais de 200 alunos.

BNamericas: Um dos temas citados como área de trabalho é a energia. Qual é o papel das empresas de datacenter nesse sentido?

Rivera: Temos interesse em gerar além da quantidade permitida por lei. Essa autogeração é para autoconsumo.

No México, existe uma área de geração de energia muito forte. Não falta energia, mas o canal de distribuição e o canal de transmissão são fracos. Então, o que estamos fazendo agora é, em coordenação com a CFE e o centro nacional de controle energético [Cenace], definir se conseguimos aumentar a capacidade energética através da construção de infraestruturas privadas.

Em geral, as autoridades dão permissão e te obrigam a fazer obras para a CFE. E estamos fazendo isso e, assim, fortalecendo o sistema elétrico nacional.

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