O céu é o limite para o apoio aéreo offshore no Brasil

Com 60% de participação no mercado de apoio aéreo offshore brasileiro, a Omni Táxi Aéreo estima que 2024 seja um ano de crescimento, com contratações de aeronaves pelas petroleiras.

Em entrevista à BNamericas, o CEO da companhia, Roberto Coimbra, afirmou que há oportunidades também no onshore, no exterior e para inovações tecnológicas, como o uso de drones.

BNamericas: Quais são as perspectivas para o mercado de apoio aéreo às atividades de óleo e gás em 2024?

Coimbra: São positivas, tendo em vista a expectativa de aumento significativo na produção de petróleo e investimentos substanciais no setor.

Com isso, estamos encarando o ano de 2024 com grande otimismo, destacando um contínuo crescimento e aprimoramento em indicadores de segurança e eficiência operacional.

Fechamos 2023 elevando nossa participação no mercado para 57% e nos consolidando como líder no transporte de helicópteros offshore no Brasil. Foram 24 novos contratos assinados no ano passado, incluindo parcerias estratégicas com Petrobras, Subsea 7, Petronas e BP Energy. Pretendemos encerrar o ano com uma frota de 80 aeronaves.

Também temos perspectiva de atuação internacional, incluindo uma operação de três a quatro meses na Argentina para a Equinor no segundo trimestre de 2024.

Além disso, estamos investindo em inovação com a introdução de operações de drones classe 1 e 2 pela OHI Unmanned, com suporte da Omni Taxi Aéreo, promovendo eficiência no transporte de pequenas cargas offshore para a Petrobras. Esse movimento antecipa um mercado promissor no Brasil, especialmente na categoria de drones classe 1 e 2.

BNamericas: Espera-se crescimento da demanda pelos serviços no offshore e onshore?

Coimbra: Sim. Além do crescimento offshore, esperamos que nossos serviços onshore cresçam tanto para o setor de óleo e gás como para o setor de infraestrutura.

Fomos pioneiros no Brasil na realização de serviços de transporte de cargas pesadas para o setor de energia. Isso permite reduzir o impacto ambiental de ter que construir estradas e toda a rede logística em zonas de floresta.

BNamericas: Você espera novos contratos de aeronaves?

Coimbra: Sim. Hoje, atuamos com uma frota de 70 aeronaves, incluindo 18 de grande porte e sete supermédias. Projetamos encerrar o ano com uma frota de 80 aeronaves.

Fomos pioneiros no Brasil a operar com aeronaves supermédias. Operamos em 11 bases e realizamos cerca de 700 mil viagens por ano.

BNamericas: Que campanhas de E&P a Omni está apoiando no momento? Quem são seus clientes?

Coimbra: Nossos principais clientes são Petrobras, TotalEnergies, Shell, Trident Energy, 3R Petroleum, BW Energy, ExxonMobil, Subsea 7, Petronas e Equinor, entre outros players do mercado.