O debate sobre um novo terminal de importação de GNL na costa do Pacífico da Colômbia
A estatal colombiana Ecopetrol recebeu dez propostas para nova capacidade de importação de gás natural liquefeito (GNL), seis delas localizadas na região do Caribe e quatro na costa do Pacífico.
Uma das regiões que poderia se beneficiar é a parte sudoeste da Colômbia, que atualmente depende do gás proveniente de Cartagena e La Guajira – a mais de 1.000 km de distância – para cobrir a demanda local.
Edison Ruíz, assessor jurídico da prefeitura de Buenaventura, explicou à BNamericas por que um terminal de regaseificação na costa do Pacífico é fundamental para o desenvolvimento econômico da região.
BNamericas: O que aconteceu com a planta de regaseificação do Pacífico e qual é o status da proposta da Andes Energy Terminal para construir um terminal para importação de GNL no Porto de Buenaventura? Você acha que o processo licitatório da Ecopetol pode finalmente alavancar um projeto de GNL?
Ruíz: A planta de regaseificação é um projeto muito importante. A existência de uma central de regaseificação na costa do Pacífico, especificamente em Buenaventura, é necessária para todos os colombianos, porque o país pode ficar sem gás. Agora, o gás do sudoeste da Colômbia vem de Cartagena e La Guajira, e precisa percorrer mais de 1.000 km por gasodutos para chegar lá.
É obrigação do governo federal trazer gás mais barato, mais confiável e oportuno para essa região. Também é um direito ter a capacidade de competir em nível nacional e internacional, e é isso que este projeto vai possibilitar.
Ele vai gerar empregos em Buenaventura, que sofre com a falta de oportunidades. Mas, além disso, seria uma garantia de abastecimento para residências, indústrias e comércios. Também pode abastecer duas grandes usinas termelétricas para atender à cidade de Buenaventura.
O comprometimento da gestão distrital [de Buenaventura] é total. Apoiamos totalmente essa proposta e, se for necessário processar licenças e outras autorizações, temos condições de fazer isso.
BNamericas: Quais são os requisitos – do ponto de vista do município – para que o projeto seja desenvolvido?
Ruíz: Enviamos uma mensagem à Ecopetrol e ao governo federal informando que a empresa selecionada deve cumprir certos requisitos. Um deles é que não obstrua o tráfego marítimo e terrestre no porto e em seus arredores. Qualquer projeto naquela baía não pode afetar a atividade portuária que existe hoje. O outro é que haja capacidade de manobra dos navios dentro do porto.
Também é importante destacar que este projeto não pode estar a menos de 3.000 m de distância dos centros populacionais, de acordo com os padrões internacionais.
BNamericas: Por que uma planta de regaseificação é tão importante para este setor do país? E por que não foi possível construir uma usina na costa do Pacífico, apesar dos esforços da UPME [unidade de planejamento do Ministério de Minas e Energia]?
Ruíz: Temos registrado oposição na parte norte do país, que quer que este novo projeto seja implantado na costa caribenha. Há uma questão de falta de visão. O que gera confiabilidade para as empresas, os investidores e a economia é ter fontes seguras de energia e gás porque, caso contrário, dependeremos da costa caribenha com seus custos associados.
Os projetos promovidos pela UPME sempre propuseram que o governo os financiasse. Desta vez, será o setor privado com apoio dos governos federal e distrital. Temos que agir agora porque vamos ficar sem gás, e o governo reconhece isso.
BNamericas: A Colômbia enfrentou dificuldades para avançar com projetos de energia e infraestrutura devido à oposição das comunidades. A população local apoia este projeto?
Ruíz: O projeto conta com o apoio da comunidade, que vê que a necessidade existe e que não há outra opção.
Uma planta de regaseificação em Buenaventura vai gerar 10.000 empregos diretos, além dos indiretos. As pessoas estão cientes disso e não se oporiam ao licenciamento. Entendemos que o ministério está totalmente disposto a processar as licenças, cumprindo a regulamentação, é claro.
Não podemos mais atrasar este processo. Buenaventura e o sudoeste do país precisam aumentar a disponibilidade de gás para que sejam competitivos em nível nacional e internacional.
BNamericas: Quais seriam as características necessárias para a empresa que vai construir e opera a usina?
Ruíz: Ela precisa ter “musculatura financeira” e ser uma empresa com experiência e capacidade. Na Colômbia não existe [uma empresa assim]. Temos que contar com empresas que tenham parceiros.
É claro que a empresa deve cumprir os requisitos mencionados acima e a lei. A Ecopetrol pode escolher a empresa que for, mas que não atrase mais. Este projeto deve ser acelerado e apoiado integralmente para que Buenaventura e todo o sudoeste da Colômbia possam competir.
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