O otimismo do setor brasileiro de infraestrutura
Os players do setor de infraestrutura do Brasil estão otimistas quanto às perspectivas para os próximos anos, graças ao crescente número de projetos em estruturação e à maior variedade de fontes de financiamento.
Roberto Guimarães, diretor de planejamento e economia da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) e ex-secretário do Tesouro Nacional, conversou com o BNamericas sobre o cenário.
BNamericas: Qual o cenário atual das construtoras no Brasil?
Guimarães: Nas reuniões que tivemos com empresas e lideranças do setor da construção, percebemos um otimismo crescente, intimamente relacionado ao andamento dos projetos de infraestrutura incluídos no programa do governo federal, o chamado Novo PAC.
Este otimismo vai ao encontro do que também presenciamos quando preparamos [na Abdib] nosso estudo anual, que chamamos de Livro Azul da Infraestrutura, no qual mapeamos projetos em estruturação e, em sua edição mais recente, mapeamos mais de 500 projetos com potencial de investimento de mais de R$ 900 bilhões [US$ 178 bi].
BNamericas: Quais são as características desses projetos?
Guimarães: Referem-se tanto a PPPs quanto a contratos de concessão, e são tantos projetos que tomara que as empresas consigam atender essa grande demanda pela frente.
Na verdade, existe hoje um cenário muito positivo para a materialização desses projetos, dado o desejo conjunto do governo federal, dos governos estaduais e municipais, e do setor privado.
BNamericas: Quais segmentos têm mais projetos mapeados?
Guimarães: Dos mais de 500 projetos, as áreas com mais projetos são rodovias, saneamento, ferrovias, infraestrutura social e energia elétrica.
BNamericas: Qual é o cenário atual de financiamento desses projetos?
Guimarães: O cenário de financiamento de projetos no Brasil torna o cenário atual inédito no país.
No passado, tínhamos fontes de financiamento muito concentradas no BNDES.
Agora, além de um cenário de juros reduzidos, temos financiamento do próprio BNDES, do governo federal, empresas captando recursos próprios no mercado de capitais, por meio de emissões de debêntures incentivadas e debêntures de infraestrutura, financiamentos internacionais, com bancos, instituições multilaterais e, para aqueles projetos com apelo ligado a práticas sustentáveis, existe também o chamado financiamento verde.
Começamos a ver no Brasil instrumentos oferecidos pelo Tesouro Nacional que auxiliam as empresas a adotarem proteção cambial nas operações de financiamento, o que abre espaço para as empresas aumentarem sua captação no exterior, que historicamente oferece taxas de juros mais baixas do que no Brasil.
A combinação de um grande volume de projetos bem desenhados com estruturas de financiamento mais robustas nos deixa otimistas quanto ao cenário.
BNamericas: Você mencionou a redução das taxas de juros, mas indicadores macroeconômicos recentes mostram que os cortes nas taxas de juros no mundo podem ser mais lentos do que o esperado, de acordo com muitos economistas. Você compartilha desta visão?
Guimarães: Tudo indica que as taxas-básicas de juros nos principais países permanecerão em um nível ligeiramente superior ao esperado até recentemente.
Na verdade, é provável que já não tenhamos um cenário de taxas de juro globais tão baixas como tivemos nos primeiros anos da pandemia e mesmo retrocedendo ainda mais, na altura da crise do subprime.
Mas sim, teremos uma redução global das taxas de juros este ano. Ao longo de 2024 e 2025, teremos um cenário de taxas mais baixas do que temos neste momento, mas não atingiremos níveis tão baixos como nos primeiros trimestres da pandemia ou mesmo durante os primeiros anos após a crise do subprime.
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